As propostas do setor nuclear aos presidenciáveis
Empresas querem flexibilização das regras e aumento da presença privada no segmento
A associação de empresas que atuam no setor nuclear no Brasil produziu um documento com propostas do setor aos presidenciáveis. Entre elas está a flexibilização das regras e o aumento da presença privada no setor, que inclui desde a mineração de urânio à geração de energia nuclear, passando pelo uso de radiação na indústria de alimentos e na Saúde.
O país é a sétima maior reserva de urânio no mundo e uma parte do setor ainda se encontra sob o comando estatal. Segundo a ABDAN, a Associação Brasileira para o Desenvolvimento de Atividades Nucelares, a abertura do setor de mineração do metal às empresas privadas poderia gerar investimentos de 20 milhões de dólares por ano nos próximos anos.
Há também a estimativa de investimentos de 70 bilhões de dólares com a construção de novas usinas nucleares previstas no Plano Nacional de Energia 2050. O setor pede a participação privada na construção da usina de Angra 3 e na extensão da vida útil de Angra 1 e 2, com previsão de geração de 9 mil empregos no processo.
Na área da Saúde, a ABDAN pede a flexibilização do monopólio estatal na produção dos chamados “radiofármacos”, que são utilizados em diagnóstico e tratamentos de doenças, com o intuito de o Brasil se tornar autossuficiente nestes insumos. A associação diz ainda que isso poderia levar a custos menores para o SUS.