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As confissões de Lula ao falar da candidatura ao Planalto em 2026

Petista não crava que será candidato, admite não ter programa ao país e revela o receio de ver a esquerda derrotada na disputa ao Senado no próximo ano

Por Robson Bonin Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 2 jun 2025, 15h09 - Publicado em 2 jun 2025, 15h01

Único nome na esquerda com condições de vencer a eleição presidencial do ano que vem, Lula intrigou aliados, neste domingo, ao dizer que disputará a reeleição “se” estiver “100% de saúde” e se o seu grupo político for capas de elaborar um programa de governo a ser apresentado na campanha eleitoral.

“Para que eu seja candidato, tem algumas coisas na minha vida. Primeiro, eu tenho que estar 100% de saúde, como eu estou hoje. A outra coisa é que nós temos que construir um programa, ou seja, o que a gente quer construir nesse país”, disse o petista na convenção do PSB.

“Podem ter certeza de uma coisa: se eu estiver bonitão do jeito que estou, apaixonado do jeito que eu estou e motivado do jeito que eu estou, a extrema direita não volta a governar este país nunca mais”, seguiu Lula.

Na semana passada, o petista teve de interromper a agenda de trabalho no Palácio do Planalto para se submeter a exames, depois de passar mal. Lula foi diagnosticado com um quadro de labirinte. Nada grave, segundo os médicos.

Lula nasceu em 27 de outubro de 1945. Quando o país estiver vivendo as emoções do segundo turno da eleição presidencial, no próximo ano, o petista estará próximo de completar 81 anos. A saúde, portanto, é algo a ser considerado pelo petista, mas aliados enxergam outro propósito na fala de Lula.

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Na metade do terceiro ano de mandato, o presidente segue procurando “um programa” de governo. Não sabe ainda “o que a gente quer construir nesse país”. Atestado maior de que a atual gestão carece de rumo não há.

O petista comanda uma gestão dividida, em que o ministro da Casa Civil não se entende com o chefe da Fazenda. Um governo impopular, que gasta muito, entrega pouco aos brasileiros e acaba de subir imposto. Sem picanha e cerveja, o “ano da colheita” até agora foi marcado por crises.

Sem grandes feitos, o petista convive com uma fila de escândalos na porta do palácio. As fraudes bilionárias no INSS, a ruína dos Correios, o prejuízo bilionário na Previ e uma infinidade de suspeitas envolvendo repasses milionários a ONGs de petistas. São apenas alguns. Há outros.

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Lula esperava fechar sua biografia com um grande governo, consolidando a rota de redenção do político que, flagrado em questionáveis relações com empreiteiras, foi condenado por corrupção, preso e depois reabilitado pela Justiça a vencer uma eleição e retornar ao Planalto.

A eleição do próximo ano não será fácil. O avanço dos adversários, atestado por pesquisas, torna cada vez mais plausível o receio manifesto pelo próprio Lula sobre a disputa para o Senado.

Em 2026, nós precisamos eleger senadores da República. Porque, se esses caras elegerem a maioria dos senadores, eles vão fazer uma muvuca nesse país”, disse Lula.

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Há um fantasma cada vez mais real na fala de Lula. Encerrar a carreira sendo derrotado por um bolsonarista não é uma possibilidade considerada por ele. Aos aliados, a candidatura do presidente parece inevitável. “Sem ter formado novos líderes na esquerda, o petista terá de ir para o sacrifício”, disse outro dia, ao Radar, um governador aliado. Falta combinar esse jogo com Lula.

De todas as formas de desistência postas na mesa, o recuo provocado por questões de saúde é o mais confortável. O receio de derrota ou a ausência de propostas a apresentar na campanha são o oposto disso.

Inelegível, Jair Bolsonaro segue alardeando sua candidatura enquanto testa o nome de Michelle, de Eduardo Bolsonaro e de aliados. Nessa altura do campeonato, não era para Lula estar incluindo “se” num discurso sobre candidatura presidencial. A lógica do “se” der pé eu pulo não soa bem. Mas é o que resta ao petismo no momento.

 

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