As apostas de Kátia Abreu, Anastasia e Bezerra na disputa pelo TCU
Votação, secreta, está marcada para a tarde desta terça-feira no plenário do Senado
O Senado tem sessão marcada na tarde desta terça-feira para escolher quem será escolhido pela Casa para ocupar a cadeira vaga do TCU: Kátia Abreu (PP-TO), Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) ou Antonio Anastasia (PSD-MG). Um dos senadores substituirá o ministro Raimundo Carreiro, indicado e aprovado no fim do mês passado para ser embaixador do Brasil em Portugal.
Aliados do três ouvidos pelo Radar nesta segunda-feira, véspera da votação secreta no plenário do Senado, têm apresentado projeções otimistas para os seus respectivos candidatos, com até 40 votos supostamente garantidos para um deles.
Quem prevê que Kátia Abreu terá o maior número de votos compartilha da confiança da senadora no monitoramento da fidelidade dos apoios até a sessão desta terça.
Simpatizantes da ex-ministra da Agricultura dizem que ela conta com os votos da bancada do PP, seu partido, do PDT, por onde ela já passou, e de boa parte do MDB, onde ela conta com Renan Calheiros como aliado, assim como do PT e do PSD, onde está seu filho, Irajá.
Ela também teria a torcida e articulação de Valdemar Costa Neto, presidente do PP de Jair Bolsonaro, e do ministro do TCU Jorge Oliveira, que a levou para conversar com o presidente. E Kátia tem no ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, seu correligionário, um importante cabo eleitoral.
Mas aliados apostam no desgaste de Rodrigo Pacheco e Davi Alcolumbre, padrinhos de Anastasia, teria entre colegas, e no constrangimento de ministros do TCU com a possível escolha de Bezerra Coelho para a Corte, já que ele é alvo de processos em tribunais de contas.
Dentre apoiadores do líder do governo Bolsonaro no Senado, os cálculos que circulam nos corredores da Casa é que ele teria entre 35 e 40 votos, enquanto Anastasia receberia de 24 a 30. Já Kátia seria a menos votada, com 14 a 17 votos, além de alguns indecisos.
Bezerra Coelho tem como cabo eleitoral o senador Flávio Bolsonaro, filho do presidente, mas o governo não embarcou na sua campanha, por entender que a escolha é uma questão interna do Senado.
Para entusiastas da eleição de Anastasia, nome de Pacheco na disputa, a divisão entre os dois concorrentes pode abrir espaço para o mineiro. No caso de Kátia, o fato de seu suplente, Donizeti Nogueira, ser do PT poderia tirar votos de governistas, já que ele aumentaria a bancada petista justamente no último ano de Bolsonaro no Planalto.
Aposta-se ainda que, em um eleição tão acirrada, os senadores vão optar pelo nome visto como o mais moderado.
Senadores também não descartam que, de última hora, algum dos candidatos abdique da indicação se perceber que não terá chances de se eleger.