Após acidente, deputado pede dados sobre fiscalização de aviões comerciais
Beto Richa apresentou ao ministro de Aeroportos e à Anac requerimento de informações sobre os últimos cinco anos e, especificamente, a aeronave da Voepass
O deputado federal Beto Richa (PSDB-PR) apresentou nesta quarta-feira uma requerimento para que sejam solicitadas ao ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, e à Agência Nacional de Aviação Civil, a Anac, as informações sobre a fiscalização das aeronaves comerciais nos últimos cinco anos, entre elas a da Voepass que caiu na última sexta-feira em Vinhedo (SP), provocando a morte de 62 pessoas.
No documento, o parlamentar solicitou um relatório detalhado que aponte quantos aviões precisaram ser retirados de operação para reparos e, desse total, quantos receberam, após os devidos ajustes, autorização para continuarem a voar.
Sobre a aeronave ATR-72, da Voepass, o deputado apontou que o avião “tinha sofrido danos na cauda durante um pouso em 11 março de 2024” e que a imagem do incidente mostra que a parte de baixo da cauda do avião foi atingida, provocando vazamento de óleo e danos na fuselagem.
“Ainda teria sido danificado o trem de pouso e estrutura interna de um dos pneus. Os danos na aeronave foram relatados às autoridades depois de uma viagem entre Recife e Salvador. Nesse sentido, quais medidas foram tomadas pela Anac e como se deram os detalhes da fiscalização posterior aos reparos que culminaram na liberação da aeronave para a retomada de suas operações?”, questionou.
Na justificativa para o seu requerimento, Richa disse ser essencial que se busquem “respostas e medidas para aumentar a prevenção e evitar ao máximo a ocorrência de novas tragédias”.
“A Anac tem a responsabilidade de garantir a segurança e a integridade do nosso sistema de transporte aéreo. Exigimos uma investigação rigorosa e rápida para que possamos implantar novas medidas que possam melhorar a fiscalização das condições de aeronaves. A transparência e a responsabilidade são fundamentais para restaurar a confiança do público no sistema de aviação. Essa tragédia deixou pontos preocupantes, como a revelação de que a aeronave em questão havia sofrido danos estruturais e mesmo assim, após reparos, obteve a liberação da Anac para continuar a voar”, concluiu.