Na Marcha dos Prefeitos, Lula recebe vaias e aplausos
Petista foi ao evento municipalista com o vice-presidente, Geraldo Alckmin, e com ministros do governo

O presidente Lula foi anunciado há pouco, na Marcha dos Prefeitos, ao lado de ministros do governo e do vice-presidente Geraldo Alckmin.
Quando o petista surgiu no palco, parte da plateia ensaiou uma vaia e outra parte reagiu com aplausos para abafar o protesto.
Lula não se deixou abalar pelas vaias, mantendo o sorrido durante o momento em que cumprimentava as demais autoridades presentes no evento, como deputados, senadores e governadores.
O petista recebeu cobranças dos prefeitos a partir do discurso do presidente da Confederação Nacional de Municípios, Paulo Ziulkoski, sobre a questão dos juros altos que corroem os orçamentos das prefeituras. O chefe da entidade defendeu a aprovação da PEC 66 no Congresso, que propõe a criação de um novo prazo para parcelamento de débitos dos municípios com seus Regimes Próprios de Previdência Social e com o Regime Geral de Previdência Social.
“A dívida dos municípios com o regime geral do INSS é de Estamos propondo que o governo aceite e faça a mesma correção que o governo fez para os governadores”, disse Ziulkoski.
Chamado a falar, Lula foi novamente vaiado e aplaudido pelos presentes. Ao discursar, o petista pediu mais diálogo entre os políticos e menos processos judiciais sobre temas que poderiam ser resolvidos com negociação.
“Queria fazer um apelo aos deputados, senadores, prefeitos e ao governo federal. É possível que a gente aprenda que os problemas que nós temos sejam resolvidos numa mesa de negociação e não no Judiciário”, disse Lula.
O petista anunciou que o governo prepara o lançamento de um programa para dar crédito a taxas populares a quem quiser ampliar e reformar moradia no país.
“Vamos anunciar uma política de crédito para reforma de casa. O cidadão vai ter o direito de ir ao banco e pegar dinheiro emprestado, com juro mais barato. A gente vai fazer esse programa porque a gente acha que é uma necessidade. No Brasil tem 4 milhões de casas que não têm banheiro”, disse Lula.
Ao fim da fala de Lula, a plateia voltou a vaiar o petista, obrigando o presidente da confederação a se manifestar pedindo respeito: “Pessoal, pessoal”, disse Ziulkoski gesticulando com a plateia para que não vaiasse o presidente.