Aliados de Lula deram quase metade das assinaturas para CPI do INSS
Deputados de Republicanos, União Brasil, PSD, MDB e PP são 44% dos 185 signatários do pedido de criação da comissão de inquérito

Deputados de partidos com ministérios no governo Lula deram quase metade das 185 assinaturas do pedido do deputado Coronel Chrisóstomo (PL-RO) pela criação da CPI do INSS, destinada a investigar os sindicatos envolvidos na fraude bilionária de descontos nos pagamentos a pensionistas e aposentados.
Foram:
- 25 assinaturas de parlamentares do União Brasil, legenda do ministro do Turismo, Celso Sabino, e responsável pelas indicações aos ministérios da Integração e Desenvolvimento Regional (Waldez Góes) e das Comunicações (Frederico de Siqueira Filho);
- 18 assinaturas de deputados do Republicanos, do ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho;
- 18 assinaturas da bancada do PP, do ministro do Esporte, André Fufuca;
- 11 assinaturas de deputados do MDB, dos ministros das Cidades, Jader Filho, do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, e dos Transportes, Renan Filho;
- 9 assinaturas da bancada do PSD, dos ministros da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Carlos Fávaro, de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e da Pesca e Aquicultura, André de Paula.
São, no total, 81 deputados de partidos que, em tese, compõem a base de apoio ao governo Lula no Congresso e deram apoio à abertura da CPI defendida pela oposição com o objetivo de colocar a digital do presidente no escândalo de descontos fraudulentos no INSS.
Em entrevista coletiva com apoiadores da comissão de inquérito, o deputado Sargento Fahur (PSD-PR) afirmou que a oposição quer investigar o escândalo no INSS “doa a quem doer”.
“Principalmente se tiver envolvimento do irmão do presidente da República, que, daí, seria o DNA do crime”, disse o paranaense, referindo-se a José Ferreira da Silva, o Frei Chico, vice-presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi), uma das entidades citadas no relatório da Polícia Federal (PF).