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Disco ‘raro’ de Raul Seixas ganha show em homenagem a cinquentenário

'Sociedade da Grã-Ordem Kavernista' foi recolhido logo após lançamento; apresentação comemorativa com Edy Star acontece em 21 de agosto durante ViradaSP

Por Laísa Dall'Agnol Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 12 ago 2021, 18h30

Há exatos cinquenta anos, em 1971, Raul Seixas, Edy Star, Miriam Batucada e Sérgio Sampaio lançavam o antológico disco ‘Sociedade da Grã-Ordem Kavernista’.

Agora, para comemorar meio século do anárquico álbum, a #ViradaSP Online apresenta em 21 de agosto, data da morte de Raul em 1989, o show Sociedade da Grã-Ordem Kavernista.

Edy Star, o único sobrevivente dos ‘kavernistas’, se junta pela primeira vez a Sebastião Reis, Felipe Cordeiro, a Tata Martineli.

A formação inédita será acompanhada da banda Kurandeiros, com apresentação das faixas do disco. A transmissão, gratuita, será pela plataforma e aplicativo #CulturaEmCasa, por meio do link https://culturaemcasa.com.br/.

Sociedade da Grã-Ordem Kavernista foi lançado em 21 de julho de 1971 pela gravadora Discos CBS.

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O disco foi a segunda tentativa de Raul Seixas de iniciar uma carreira artística de sucesso, após o fracasso com o único álbum lançado pelo seu primeiro grupo, já no final da Jovem Guarda.

É, também, a estreia discográfica de Sérgio Sampaio, Edy Star e Miriam Batucada.

O disco é uma peça bem-humorada que usa o rock e o samba, o bolero e o chorinho, para criticar símbolos da sociedade de consumo, como a televisão, e zombar do futebol e do Carnaval, duas das maiores paixões nacionais.

A contracultura, o movimento hippie e os jovens não escapam das línguas venenosas de Raul, Edy, Miriam e Sérgio.

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Recolhido cerca de dois meses após o seu lançamento, o disco não teve tempo de ter vendagens expressivas ou de receber muitas críticas da mídia especializada, dizem críticos.

Ainda assim, recebeu tratamento favorável por parte do público relacionado à contracultura brasileira da época, bem como dos críticos identificados com essa faixa do público, como o poeta Torquato Neto e o filósofo Luiz Carlos Maciel.

Entretanto, com o passar do tempo tornou-se objeto de interesse cult, especialmente por contar com a participação de Raul Seixas e Sérgio Sampaio e por ter ficado mais de 20 anos fora de catálogo.

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