A psicodélica viagem de Bolsonaro nos Estados Unidos
Hospedado de favor na casa do fazendeiro Paulo Junqueira, o ex-presidente virou uma espécie de chefe de república estudantil
Hospedado de favor na casa do fazendeiro Paulo Junqueira nos Estados Unidos, Jair Bolsonaro, fora da Presidência da República, virou uma espécie de chefe de república estudantil.
É um universo psicodélico onde se conversa sobre golpismo, medo de prisão, volta do comunismo e teorias conspiratórias contra ministros do STF. O lugar tem quatro quartos e, com frequência, o dobro de hóspedes.
Recentemente, os seguranças de Bolsonaro tiveram de dormir no chão porque Pedro Guimarães, Gilson Machado e outros cupinchas brotaram por lá para passar a noite com o “mito”.
Outro dia, bateram na porta da casa de Bolsonaro. “É um tal de Rick, presidente”, disse o segurança. “Rick quem?”, perguntou Bolsonaro. Era o cantor Rick Sollo, mas ninguém conhecia e mesmo assim ele entrou e emocionou o ex-presidente com uma cantoria. “É tanto puxa-saco que Bolsonaro até chorou na live”, brinca um aliado.
O presidente não se comunica com o PL nem inclui o partido nas suas estratégias políticas. Faz tudo por conta ou aconselhado por figuras distantes do jogo de poder que se passa em Brasília. A coisa é tão distante, que ninguém sabe, com certeza, que dia Bolsonaro pretende voltar ao país.