A ordem de Tarcísio à polícia para proteger comunidade judaica de ataques
Dois foram presos em São Paulo sob suspeita de planejarem atos terroristas

A comunidade judaica de São Paulo vive um misto de apreensão e alívio desde que a Polícia Federal decretou a prisão preventiva de dois homens suspeitos de planejarem ataques terroristas contra judeus na capital paulista. A preocupação se deve à escalada de violência antisionista desde o acirramento da guerra em Gaza, mas o funcionamento do trabalho das forças de segurança gera conforto.
“Com as ações que estão sendo feitas, a gente consegue acalmar a comunidade. Isso porque a gente tem o apoio do governo federal e mantemos interação diária com as autoridades aqui em São Paulo”, disse Marcos Knobel, presidente da Federação Israelita do Estado de São Paulo.
O Departamento de Segurança Comunitário, ligado a Federação Israelita, mantém contato com o secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, e as polícias Civil e Militar. Eles cumprem ordens de reforço de policiamento em frente a sinagogas e em endereços de entidades ligadas à comunidade judaica.
Há cerca de um mês, as lideranças judaicas de São Paulo tiveram uma reunião com Tarcísio de Freitas para externar a preocupação que o conflito entre Israel e Hamas pudesse respingar no Brasil. O governador pediu maior atenção às forças de segurança com a comunidade.
Segundo o presidente da Federação, as denúncias recebidas, no canal da FIESEP, de ataques antissemitas cresceram 1000% desde o início da guerra. No entanto, nunca passaram de ataques verbais ou pelas redes sociais. Knobel destaca que a garantia da segurança da comunidade parte de um trabalho preventivo — e agradece às autoridades por cumprirem este papel.
“Quando uma minoria é afetada, todas as minorias são afetadas”, resume.
No dia 8 de novembro, a PF deflagrou a Operação Trapiche contra suspeitos de integrarem o grupo extremista Hezbollah. Os agentes cumpriram 11 mandados de busca e apreensão nos estados de Minas Gerais, São Paulo e no Distrito Federal, além das duas prisões temporárias, que ocorreram em território paulista. Um dos presos foi detido no Aeroporto de Guarulhos.