O esquema para hackear o celular de Moro: mais de 5.000 ligações
O número de origem era igual ao número de destino -- uma tática para roubar os dados do Telegram do ministro

O esquema utilizado para clonar o celular de Sergio Moro não foi simples. É o que aponta a decisão da 10ª Vara Federal de Brasília, ao permitir a prisão de suspeitos de hackearem o Telegram do ministro da Justiça.
Funcionou assim: os suspeitos utilizaram a função “identificador de chamadas” de uma empresa chamada BRVOZ, que permite a realização de ligações simulando o número de qualquer terminal como origem do telefonema.
O invasor então realizou diversas ligações para o número alvo, a fim de que a linha ficasse ocupada, e o código de ativação do serviço Telegram Web fosse direcionado para a caixa postal da vítima, de onde era copiada.
Apurou-se que a BRVOZ e seus clientes realizaram 5.616 ligações em que o número de origem era igual ao número de destino.