A impressionante máquina de fazer dinheiro do Flamengo
Estratégia de negócio deve fazer rubro-negro carioca alcançar um faturamento bilionário em 2023
Com 177 unidades, o Flamengo tem a maior rede de lojas oficiais de clubes de futebol do mundo. O número deve chegar a 180 até outubro. De Norte a Sul e em Orlando, nos Estados Unidos, os estabelecimentos faturaram mais de 294 milhões de reais, em 2022.
“A loja é uma ponta de lança do Flamengo longe do Rio de Janeiro”, diz o Vice-Presidente de Marketing, Gustavo Oliveira.
A estratégia começou a tomar corpo a partir da renegociação com o contrato da Adidas no ano passado. O rubro-negro conseguiu acrescentar outras marcas a linha de vestuário como Braziline, Reserva e Thug Nine e expandir o número de lojas.
“Como todos os produtos, são produtos licenciados, o Flamengo tem uma cadeia enorme de lojas que vendem e no licenciamento eu recebo royalties”, relata Oliveira.
Com isso, o clube recebe um valor fixo pela franquia, mais a porcentagem dos produtos e aumentou, inclusive, as vendas de produtos Adidas, que chegaram a 1,6 milhão de peças.
“Isso foi uma decisão importante de ampliar o número de licenciados para oferecer mais produtos. Em 2018, quase 80% dos produtos oficiais eram vendidos pela Adidas. Hoje, você tem pouco mais de 50%”.
O presidente do clube, Rodolfo Landim, diz que o modelo, com mais capilaridade, é um diferencial do clube carioca em relação às grandes equipes do mundo.
“Normalmente, eles têm uma ou duas lojas na cidade deles e mais umas nos aeroportos. É o modelo do Real Madrid, do Bayern de Munique. A gente tem 180”, afirma.
O crescimento orgânico da receita em marketing tem feito diferença nos cofres do rubro-negro carioca. Mesmo sem a premiação da Copa Libertadores, conquistada pela equipe no ano passado, o clube deve manter um faturamento bilionário. A estimativa neste ano é de faturar 1,2 bilhão de reais.