A herança maldita do bolsonarismo para o Exército
Desgaste de imagem da instituição reflete o clima de golpismo instalado no país na gestão passada, avalia o comandante da força

Para o comandante do Exército, general Tomás Paiva, o desgaste de imagem da instituição, provocado pelos meses de revelações sobre tramas golpistas envolvendo militares próximos a Jair Bolsonaro, é uma herança da gestão passada.
“Uma parte da sociedade ficou chateada porque não teve golpe. A outra, por causa do risco de golpe. É uma situação impossível, reflexo do que houve no governo anterior”, diz.
O general avalia, no entanto, que a credibilidade da instituição segue forte na sociedade: “Estamos há meses nas manchetes, sofrendo desgaste, e ainda assim caiu pouco a popularidade nas pesquisas. Perto de tudo o que houve, foi pouco”.
O comandante diz que não há registro, no Exército, da reunião do golpe delatada por Mauro Cid: “É a Presidência que deveria ter documentado”.