A estratégia de senadores pró-Flávio Dino para virar votos de indecisos
Em jantar na casa de Randolfe Rodrigues, líderes governistas e indicado ao STF analisaram bancada por bancada e dividiram tarefas
O líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues, recebeu Flávio Dino, senadores governistas e o ministro Alexandre Padilha para um jantar em sua casa em Brasília na noite de terça-feira em que o tema principal foi a estratégia para garantir a aprovação do indicado de Lula ao STF na Comissão de Constituição e Justiça e no plenário do Senado.
Durante o encontro, convidados como Weverton Rocha (relator da indicação na CCJ), Eliziane Gama, Soraya Thronicke, Leila Barros, Augusta Brito, Omar Aziz, Otto Alencar, Jorge Kajuru, Marcelo Castro e Jaques Wagner se debruçaram sobre cada bancada partidária e estimaram uma contagem de votos. A projeção, hoje, varia entre 47 e 49 votos a favor do ministro da Justiça e Segurança Pública. A meta é superar a marca dos 50 votos.
Há, ainda, seis senadores considerados indecisos. Ficou acertado que Dino priorizaria, de imediato, encontros pessoais com eles.
Ao longo desta quarta-feira, aliás, a previsão era que o maranhense encaixasse conversas com doze senadores. A ideia é que o escolhido de Lula dialogue com todos que toparem recebê-lo, sem prejuízo aos bolsonaristas – grupo do qual a base pró-Dino espera extrair alguns apoios surpreendentes, amparados na proteção do voto secreto.
Houve, ainda assim, uma divisão de tarefas. Para assegurar votos de colegas de posição indefinida, apoiadores de Dino cobrarão retribuição de favores pessoais e políticos. Vão relembrar a distribuição dos comandos de comissões do Senado no início do ano e recorrer até à influência de governadores sobre parlamentares de seus Estados.