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A demissão de um assessor da cúpula da Petrobras alvo da PF por corrupção

Chefe do PSD no MA, Edilázio Júnior foi nomeado para atuar junto à presidência da estatal em janeiro; hoje é investigado por corrupção e usa tornozeleira

Por Nicholas Shores Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 21 ago 2024, 12h38 - Publicado em 21 ago 2024, 11h01

No dia 7 de agosto, o ministro João Otávio de Noronha, do STJ, assinou uma decisão de 89 páginas em que afasta dos cargos desembargadores e juízes do Judiciário maranhense envolvidos numa trama milionária de manipulação de decisões judiciais que ainda reuniria servidores, advogados e políticos no estado. O grupo mirava os cofres do Banco do Nordeste num esquema de corrupção passiva e ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Segundo os investigadores, advogados processavam o banco e obtinham decisões favoráveis dos magistrados imputando pagamentos milionários. Num dos casos, o alvará foi de 14 milhões de reais. No mais recente, em março de 2023, mais 3,4 milhões de reais. Entre a ordem do juiz e o saque no caixa, a operação levou apenas 18 minutos. Depois, segundo as investigações, os alvos dividiram com os magistrados o dinheiro cobrado da instituição financeira nas decisões judiciais fraudulentas.

Segundo a apuração, além dos magistrados e de servidores do TJ maranhense, 14 advogados e políticos integravam a organização criminosa. Edilázio Júnior, que é presidente estadual do PSD e genro da desembargadora Nelma Sarney — uma das afastadas pelo STJ —, foi alvo da ação, passando a andar de tornozeleira eletrônica.

Em janeiro, Edilázio, que é suplente de deputado federal e advogado com influentes relações no Maranhão, assumiu um cargo importante na cúpula da Petrobras, seguindo a postura do governo Lula de voltar a lotear entre políticos os postos estratégicos da companhia.

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Indicado pelo PSD, ele tornou-se assessor especial da presidência da estatal, então controlada pelo petista Jean Paul Prates, em Brasília. Nessa posição, tinha acesso a dados privilegiados da empresa e participava de reuniões de cúpula.

Em junho, para se ter uma ideia, Edilázio representou a cúpula da Petrobras numa agenda de Lula no Maranhão. O encontro foi registrado em uma série de fotos com o presidente da República em que o assessor da estatal comemorou o anúncio de “investimento na Margem Equatorial, que prevê a exploração de petróleo na região Norte, trazendo um potencial significativo de desenvolvimento econômico”.

“Tive o prazer de representar a presidenta da Petrobras durante o evento, reforçando nosso compromisso com o desenvolvimento do estado”, escreveu Edilázio.

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O encontro entre Edilázio e Lula ocorreu em 21 de junho, dois dias depois de a atual presidente da Petrobras, Magda Chambriard, ter tomado posse no comando da estatal.

Nesta semana, ao ser questionada pelo Radar, depois de a operação tragar o assessor da companhia, a Petrobras informou que o político já não fazia mais parte da empresa, mas se recusou a revelar a causa e a data da demissão.

Prates diz que Edilázio foi “um dos poucos” nomes indicados a ele que aceitou nomear, mas que não se lembrava do padrinho do deputado. Já um integrante da cúpula do PSD afirmou que, por ser suplente de deputado, o advogado contou com a boa vontade do partido na indicação à estatal.

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A Petrobras, reza a lenda, tem um sistema de compliance para selecionar seus executivos e servidores de cúpula. Nesse caso, a investigação contra Edilázio, aberta em 2023, não chegou a ser um problema detectado pela empresa.

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