A conversa reveladora de Lula e Paulo Pimenta no Planalto
“Quero você perto de mim”, disse o presidente ao ouvir o auxiliar colocar o cargo à sua disposição

Na segunda, Lula teve uma conversa franca com o chefe da Secom, Paulo Pimenta, sobre a comunicação do governo.
O ministro, diante dos argumentos apresentados pelo petista, chegou a colocar o cargo à disposição do presidente.
“O senhor deve fazer sempre o que achar melhor”, falou Pimenta, que é deputado e lembrou que tinha para onde ir, fora do Planalto, caso saísse do palácio.
Lula, nesse momento, descartou rifar o aliado e foi acolhedor: “Quero você perto de mim”.
A situação de Pimenta segue em análise pelo mandatário, mas é evidente que ele ainda terá papel importante próximo ao presidente, mesmo deixando a Secom.
A pesquisa Quaest divulgada nesta quinta, aliás, serviu para mostrar que nem tudo é justificado na torrente de críticas do petismo a Pimenta. A comunicação pode até ter falhas, mas serviu para manter o petista competitivo no cenário eleitoral de 2026.
“Lula segue o candidato mais forte para bater a direita em 2026. Ganha de todos”, diz um interlocutor do Planalto.
Segundo a última rodada da pesquisa Quaest, Lula lidera em todos os cenários de segundo turno para as eleições de 2026. No levantamento, o petista venceria o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), por 52% a 26%. Em uma eventual disputa com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está inelegível, Lula também se manteria à frente: 51% a 35%.
A pesquisa ouviu 8.598 eleitores entre os dias 4 e 9 de dezembro, portanto, antes da internação do presidente Lula para a realização de cirurgia na cabeça, em decorrência de um acidente doméstico que sofreu em outubro.
Contra Pablo Marçal (PRTB), Lula faria 52% a 27%. Já contra o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), o petista seria eleito com 54% dos votos contra 20%.