A chacina em Sinop e a guerra antiarmas de Flávio Dino na Justiça
Dois homens executaram a tiros sete pessoas em um bar por uma briga em um jogo de sinuca; ministro responsabiliza política armamentista de Bolsonaro
Desde que assumiu como ministro da Justiça de Lula que Flávio Dino empreende uma luta para reduzir a quantidade de armas em posse de cidadãos brasileiros, uma promessa da campanha petista à Presidência na disputa vitoriosa contra Jair Bolsonaro.
Nesta quarta-feira, após uma chacina em Sinop (MT) em que dois homem assassinaram com tiros à queima-roupa sete pessoas em um bar, incluindo uma adolescente de 12 anos, Dino foi às redes repudiar a política de flexibilização de acesso a armamentos implantada pelo governo anterior, classificada por ele como “irresponsável”.
Segundo o ministro da Justiça, as medidas bolsonaristas no tema deram poder letal a setores da extrema-direita. Dino também criticou o aumento da quantidade de clubes de tiro no país. Um dos assassinos tinha cadastro em um clube local e costumava publicar vídeos praticando, segundo o portal G1.
“Mais sete homicídios brutais. Mais um resultado trágico da irresponsável política armamentista que levou à proliferação de ‘clubes de tiro’, supostamente destinados a ‘pessoas de bem’ (como alega a extrema-direita)”, escreveu Dino em seu perfil no Twitter.
A cena dos homens executando sete pessoas a sangue frio choca. O Radar optou por não publicar as imagens devido à brutalidade dos atos. Um dos assassinos rende as pessoas dentro do bar sob a mira de uma pistola. Na sequência, o comparsa aparece com uma escopeta e abre fogo nas pessoas enfileiradas contra a parede, algumas caem no chão na hora enquanto outras tentam fugir e são atingidas do lado de fora com tiros nas costas. Segundo testemunhas, a briga ocorreu após a dupla perder um jogo de sinuca valendo dinheiro. Os homens estão foragidos.