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A Câmara da ‘nova política’ e o passado da propina e do gabinete na Papuda

Casa decidirá nas próximas horas se Wilson Santiago, deputado investigado por recebimento de propina, deve seguir afastado do mandato

Por Robson Bonin Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 5 fev 2020, 15h53

Nos tempos da “velha política”, a Câmara absolveu, por 265 votos a 166 votos, a então deputada Jaqueline Roriz, alvo de processo de cassação após ter sido filmada metendo pacotes de dinheiro, a boa e velha propina, numa mochila dentro do gabinete de um secretário do governo do Distrito Federal.

Era a noite de 30 de agosto de 2011, e a velha política, então vigente, acabou mostrando ao país que o Legislativo não achava a mochila da propina constrangimento suficiente para cassar um dos seus por quebra de decoro.

Dois anos depois, em outro memorável lance da “velha política”, a Câmara manteve, por 233 votos a 131 votos, o mandato do então deputado Natan Donadon que, àquela altura, já cumpria pena de 13 anos, quatro meses e dez dias, em regime fechado na Papuda, por formação de quadrilha e peculato, o popular roubo de dinheiro público.

Durante a sessão, o deputado comoveu seus pares, chegando a arrancar lágrimas de alguns, ao descrever na tribuna da Câmara o chuveiro de sua cela no famoso presídio de Brasília. “Agora, na hora de vir para cá, pouco antes, fui tomar um banho, e faltou água na torneira. Lá não há chuveiro, é uma torneira de água fria”, disse com vocês mansa.

Era noite de 28 de agosto de 2013, e a velha política vigente na Câmara mostrou ao país que os deputados também não se envergonhavam de ter entre seus pares um detento regular do sistema penitenciário da capital.

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vergonha
A capa de VEJA de 2013 e a “bancada da penitenciária” (VEJA/VEJA)

Muitos do que votaram a favor da mochila de propina e do gabinete na Papuda foram varridos do Congresso em 2018. Deram lugar a uma maioria de iniciantes que chegaram lá cavalgando um discurso de “nova política”. É essa turma que decidirá nas próximas horas se a Câmara é lugar para Wilson Santiago, o deputado investigado por recebimento de propina a partir de assessores e aliados. Ele foi afastado do mandato pelo Supremo e pode voltar sob as bençãos dos colegas.

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