14/5/2007 – 18/5/2007

O líder do PPS na Câmara, deputado Fernando Coruja, protocolou requerimento hoje na Comissão de Fiscalização e Controle, para que as auditorias do TCU sobre os contratos da Gautama sejam feitos a partir de 1999. Coruja não quer que as investigações se restrinjam ao governo Lula. Ele está particularmente interessado nos contratos firmados pela construtora durante a implantação do Programa Luz no Campo, lançado em 1999 pelo governo FHC.

A “Operação Navalha”, deflagrada hoje pela PF, está deixando em pânico todas as forças políticas do Maranhão. Todas. O medo ronda sobretudo os que ainda não foram presos.

Foi só a Standard & Poor’s anunciar a melhora da classificação de risco do Brasil que o mercado financeiro começou a excitar-se. A Bovespa vivia um dia meio modorrento, com uma alta discreta. Até que às 15h30, a agência americana elevou o país de “BB” para “BB+”. A Bovespa marcava em torno dos 51 100 pontos. Imediatamente, começou o movimento de alta. Agora, apenas 15 minutos deplois, bateu os 51 568. Uma alta de 2,08%. Nada como a avaliação dos gringos para dar uma vitaminada no pregão…Todavia, o almejado “grau de investimento” dado pelas agências de avaliação de risco, atual objeto de desejo do governo Lula, deve aparecer somente dentro de dois anos. Isso se nenhuma crise (nacional ou global) nos abater pelo caminho.

Tiago Alexandre dos Santos, ex-empregado da Maale Plásticos Ltda, uma pequena fabricante de brinquedos em São Paulo, foi à Justiça contra seus patrões alegando que lhe deviam um sem-número de direitos trabalhistas. A fábrica acabou pagando-lhe 34 000 reais pelo período em que trabalhou como operador de máquinas, mas não o tempo em que foi caseiro do dono da empresa, o que somaria mais 20 000 reais. Como não houve pagamento, a 1ª Vara do Trabalho de Barueri  penhorou duas máquias de fazer língua-de-sogra avaliadas em 30 000 reais, que serão leiloadas nessa segunda-feira. O lance incial é de cerca de 10 000 reais por máquina. Aproveitem. 

A Coca-Cola respirou aliviada com os números do Nielsen que saíram agora há pouco. A gigante americana fechou o mês de abril com 55,7% de participação no mercado brasileiro. Uma das maiores marcas dos últimos anos. Em fevereiro, esse percentual baixara para 54,8%, acendendo uma luz amarela na companhia. Devem estar comemorando – com champagne, provavelmente. A AmBev (que produz refrigerantes Antarctica, Brahma e Pepsi) perdeu participação entre março e abril: caiu de 17,3% para 17%.

Passados quase 45 dias da mudança do PFL para o DEM, o site do Senado não dá o braço a torcer. Os senadores do partido estão citados lá como se ainda pertencessem ao Partido da Frente Liberal.

O ex-senador Gilberto Miranda está liderando um grupo de bancos que tentará salvar a Editora Três, que publica a revista Istoé. O que ele tem dito aos mais próximos é que conseguiu reunir 40 milhões de reais para a tentativa de começar a acertar os passivos da editora.

Respire fundo e leia a frase a seguir: “Regimes cognitivos e estésicos da era comunicacional: da invisibilidade de práticas às sociologias das ausências”. É o título de um texto que está no último número da revista da Escola Superior de Propaganda e Marketing. Entendeu? Não? Então, leia a seguinte explicação: “O autor discute a importância de se colocar os objetos midiátricos como subconjunto dos objetos comunicacionais no sentido de se operar com uma epistemologia crítica no campo da comunicação”. Definitivamente, a busca pela clareza não está entre as preocupações desta turma.

Tem crescido no Ministério das Minas e Energia uma idéia de fundir as três empresas do polêmico setor nuclear brasileiro: INB, Nuclep e Eletronuclear. A grosso modo, a primeira extrai urânio, a segunda produz equipamentos e a terceira administra as usinas atômicas. A idéia é fundi-las numa só empresa – com conseqüente enxugamento de servidores – que funcionaria como subsidiária da Eletrobrás, reforçando a posição da estatal como uma holding de energia.

Entre os sanguessugas reeleitos, apenas um afirmou possuir mais de um milhão: foi o deputado Mario Negromonte (PP-BA) que possui 1,1 milhão de reais. Benedito de Lira (PP-AL) declarou patrimônio de 578 000 reais, Eduardo Gomes (PSDB-TO) 500 000, Nélio Dias (PP-RN) 420 000, Pedro Henry (PP-MT) 513 000 e Wellington Fagundes (PR-MT) 681 000.