O preocupante efeito dominó que os juros podem provocar na economia
VEJA Mercado: economista André Perfeito teme que esforço para convergência da meta de inflação de 2026 seja contraproducente
As apostas em uma elevação de 0,75 ponto percentual na taxa Selic na próxima reunião de dezembro aumentaram depois da publicação da ata da última reunião do Copom em que o Banco Central alerta sobre a importância de uma política fiscal mais firme. As incertezas só crescem enquanto o governo não anuncia o famigerado pacote de cortes de gastos públicos. Alguns bancos e corretoras já projetam uma taxa Selic a 14% no primeiro semestre de 2025. Por outro lado, outros economistas alertam para os riscos que essa política pode trazer para a economia. “A estratégia de jogar a taxa de juros lá em cima para compensar o problema fiscal significa não pensar na segunda derivada. Se os juros baterem 14% ao ano, a economia brasileira vai começar a desacelerar e a arrecadação vai cair. Isso só piora o problema fiscal, percebe a armadilha?”, diz o economista André Perfeito em entrevista ao programa VEJA Mercado. “O esforço para a meta de inflação convergir de 3,6% para 3% em 2026 é tão grande que eu temo que seja contraproducente”, completa. O VEJA Mercado é transmitido de segunda a sexta, ao vivo nas redes sociais e no VEJA+, a partir das 10h.
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