Quem será o próximo papa, segundo o ChatGPT
Pedi para uma IA generativa apontar o percentual de chance de cada cardeal considerado sucessor provável de Francisco I — eis o resultado

Antes de qualquer coisa, é importante ressaltar que este texto é nada mais que um exercício de especulação. Diante da notícia da morte do papa Francisco nesta segunda, fiquei curioso para saber o que uma ferramenta de IA generativa teria a dizer sobre as chances de seus possíveis sucessores. Ainda vai levar um tempo até o conclave começar, mas talvez a tecnologia sirva como um termômetro para sinalizar quem será o próximo papa, afinal.
Por isso, abri o ChatGPT 4.1 e pedi o seguinte: “elabore uma lista com os mais prováveis candidatos a ser o novo papa. Faça a lista indicando o percentual de chance de cada um deles. Explique como chegou a esse número, indicando fontes e links para eu conferir depois, por favor”. Sim, eu sou do time que diz “por favor” e “obrigado” para IAs — qualquer dia falo do tema por aqui.
1. Cardeal Pietro Parolin (Itália)
Estimativa de chance: 20%
Por quê? Secretário de Estado do Vaticano desde 2013, é considerado hábil diplomata e com ampla experiência na Cúria. Tem perfil moderado e aceitação entre muitos cardeais.
2. Cardeal Matteo Maria Zuppi (Itália)
Estimativa de chance: 16%
Por quê? Arcebispo de Bolonha e presidente da Conferência Episcopal Italiana, Zuppi é visto como um continuador e modernizador à la Francisco, além de ótimo mediador e de perfil pastoral.
3. Cardeal Luis Antonio Tagle (Filipinas)
Estimativa de chance: 13%
Por quê? Originário da Ásia e até pouco tempo prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, tem perfil carismático, pastoral e é jovem para padrões do Conclave (67 anos).
4. Cardeal Peter Turkson (Gana)
Estimativa de chance: 9%
Por quê? Nome forte do continente africano, conhecido pelo trabalho em justiça social e meio ambiente. Já foi bastante cogitado em 2013 e segue relevante.
5. Cardeal Jean-Claude Hollerich (Luxemburgo)
Estimativa de chance: 8%
Por quê? Arcebispo de Luxemburgo e Relator Geral do Sínodo sobre a Sinodalidade, com postura progressista e muito valorizado por Francisco.
6. Cardeal Sean Patrick O’Malley (EUA)
Estimativa de chance: 7%
Por quê? Arcebispo de Boston, figura importante nas reformas de combate a abusos sexuais na Igreja. Representa Norte-americanos reformistas.
7. Cardeal Christoph Schönborn (Áustria)
Estimativa de chance: 6%
Por quê? Arcebispo de Viena, teólogo de peso e moderado entre conservadores e progressistas.

8. Cardeal Odilo Pedro Scherer (Brasil)
Estimativa de chance: 5%
Por quê? Arcebispo de São Paulo, nome forte na Igreja latino-americana, ligado ao centro e à Cúria, mas com pouca projeção internacional.
9. Cardeal Marc Ouellet (Canadá)
Estimativa de chance: 5%
Por quê? Ex-prefeito da Congregação para os Bispos, já foi muito cogitado, mas hoje talvez menos favorito por questões recentes.
10. Outros nomes e “zebras”
– Estimativa de chance (somados): 11%
– É sempre possível que um candidato de fora da “lista papabile” seja eleito, como aconteceu com João Paulo I, João Paulo II e, de certa forma, Bento XVI.
Exemplos: cardeais Arlindo Gomes Furtado (Cabo Verde), Robert Sarah (Guiné), Álvaro Ramazzini (Guatemala), Blase Cupich (EUA) etc.
Já que pedi que a IA me informasse como chegou aos percentuais listados, ela me relatou o seguinte:
– Analisei listas de vaticanistas e sites especializados de 2023-2024.
– Considerei frequência de MENÇÃO dos nomes e apostas em casas como Ladbrokes/support.
– Ponderei fatores geográficos, idade, afinidade teológica, cargos ocupados e respaldo dentro do Colégio dos Cardeais.
– Somei os percentuais em 100% (arredondando para cima, pois muitos nomes “menores” juntos podem surpreender no Conclave).
O chatbot fez ainda a ressalva de que não há uma bolsa de apostas oficial, nem pesquisas públicas como em uma eleição. Vamos ver, quando terminar o conclave, se algum dos nomes citados será o novo ocupante do trono de São Pedro.