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Planeta IA

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Inteligência artificial, tecnologia e o que tudo isso muda na sua vida

IA generativa no Brasil: muito papo, pouca ação

Levantamento com executivos mostra que apesar da repercussão em torno da inovação tecnológica, a adoção nas empresas ainda engatinha

Por Alvaro Leme Atualizado em 2 out 2025, 10h57 - Publicado em 2 out 2025, 10h55

Apenas 5% das empresas brasileiras relataram retorno financeiro concreto com inteligência artificial generativa (também chamada de GenAI). Apenas 7,9% delas integraram completamente às suas operações e quase 30% nem sequer iniciaram o movimento de integrar a tecnologia.

Esses são alguns dos números interessantes do relatório Mapa da GenAI no Brasil, que ouviu 350 executivos de diferentes níveis hierárquicos — de CEOs a gerentes.

O objetivo central do levantamento, conduzido pelo TEC.Institute em parceria com a MIT Technology Review Brasil, foi mapear o nível de maturidade da GenAI nas organizações brasileiras.

Conclusões dos pesquisadores: 28,3% das empresas são “observadoras” (apenas olhando o cenário), 40,2% “exploradoras” (experimentando), 22,9% “construtoras” (estruturando), 6,9% “orquestradoras” (com integração mais ampla) e só 1,7% “visionários” (realmente avançados).

Dá para dizer que IA é um daqueles assuntos que causam um estrondo enorme, porém ainda engatinham quando se trata do uso cotidiano nas organizações. Claro, muitos funcionários acabam recorrendo a modelos de IA por conta própria, o que pode virar um risco para algumas empresas, mas a gente fala disso em outra ocasião. Vamos à pesquisa, para não perder o foco.

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Percentuais mais relevantes da pesquisa

Embora a implementação ainda engatinhe, 73% das empresas brasileiras discutem GenAI em fóruns de decisão.

  • 52,6% das empresas estão elaborando uma estratégia de GenAI (ou seja, ainda não têm plano pronto).
  • 31,4% não iniciaram nenhuma estratégia.
  • 15,9% têm uma estratégia formal implementada. Representam a minoria que saiu do discurso para a prática. Apenas 7,9% alcançaram integração total com seus processos.
  • 75% das empresas não contam com um profissional exclusivo para GenAI.
  • 47,3% distribuem a responsabilidade pela GenAI entre equipes internas, sem um líder único.
  • 27,5% não têm ninguém responsável pela adoção da GenAI.
  • 56,6% consideram a LGPD um fator que influencia a adoção de GenAI.
  • 46,1% das empresas não têm regras de uso ético para GenAI.
  • 38,5% criaram normas próprias de ética em IA e 15,4% usam frameworks externos como referência.
  • 20,8% dos executivos apontaram “conflitos internos” como a principal barreira à GenAI.
  • 19,9% citaram “riscos reputacionais” como obstáculo relevante.
  • 14,8% destacaram a incerteza sobre o retorno financeiro como barreira.
  • 17,7% disseram que suas equipes têm alto nível de conhecimento em GenAI.

Entre o buzz e a implementação, um longo caminho

O relatório expõe a distância entre o discurso empolgado e as iniciativas concretas no país. Indica que o Brasil está longe de surfar na crista da revolução da GenAI — está, na verdade, preso num limbo entre o falatório e a efetivação.

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O que é compreensível, dentre outros fatores, porque a adoção da IA não é uma simples questão de vontade, mas um processo complexo que depende da convergência entre inovação, estratégia, cultura organizacional e processos internos.

Por outro lado, a realidade de quem circula pelo segmento e conversa com muitos players importantes mostra iniciativas que dão sinais de movimento para mudar o panorama, como a consolidação de grupos de trabalho dedicados, treinamento de equipes e desenvolvimento de parcerias com centros de pesquisa. Ainda assim, como sinaliza o relatório, o país está só no começo da jornada da GenAI aplicada.

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