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Pé na estrada

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Viagens de carro para quem ama o caminho tanto quanto o destino

Cinco curiosidades sobre a frota de carros de Xangai, na China

Do silêncio dos modelos elétricos às chamativas cores dos automóveis, as ruas de uma das mais populosas cidades chinesas revelam a relação local com carros

Por André Sollitto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 8 Maio 2025, 10h30

Os olhos do setor automotivo estão voltados para a China, que tem levado suas marcas de carros eletrificados para o resto do mundo. Mas a experiência de chegar em uma cidade populosa como Xangai e ver de perto esses veículos circulando nas ruas revela detalhes e características únicas da maneira como os chineses se relacionam com seus carros. Confira a seguir cinco curiosidades sobre a frota de Xangai.

Ruas silenciosas

Quando finalmente descemos do ônibus em Hangzhou, cidade a cerca de 180 quilômetros de Xangai, e caminhamos pelas ruas repletas de pessoas curtindo o domingo, precisamos de um tempo para entender porque o trânsito por lá era diferente. As avenidas são largas e o tráfego é intenso, como em outras metrópoles com mais de 10 milhões de habitantes. Quando ouvimos o som dos passarinhos, ficou claro: por conta dos carros elétricos e da ausência de motos à combustão, não há aquela poluição sonora com que estamos acostumados – à exceção das frequentes buzinadas. É claro que ainda existem muitos carros à combustão circulando nas ruas, mas a situação está mudando rapidamente. No ano passado, os eletrificados representaram pouco mais de 63% das vendas, e já representam um quarto da frota. Já faz uma diferença enorme.

Preço das placas

Parte da explicação para o rápido aumento da frota elétrica é o incentivo do governo. Por lá, antes de comprar um veículo é preciso comprar a placa. Para uma placa de carro à combustão (azul com letras brancas), o processo é complexo e caro. A emissão é limitada e é preciso participar de um tipo de sorteio. Os interessados precisam desembolsar valores equivalentes a 12 mil dólares ou mais para ter direito à licença. Por isso, elas são vistas principalmente em modelos novos de carros de luxo, vários deles ocidentais. No caso das placas de veículos de nova energia (verdes com letras pretas), é necessário pagar apenas uma fração desse valor. A ampla infraestrutura de recarga também faz com que a escolha seja óbvia. 

Ruas coloridas

Ao contrário da frota brasileira, em que predominam os monótonos tons de cinza, branco e preto, na China os consumidores gostam de carros coloridos. Há uma enorme variedade de pinturas disponíveis, de Tesla rosa-choque a variações de azul, amarelo e até roxo. As cores, inclusive, são fundamentais na hora de promover um modelo. No Salão de Xangai, o lançamento do B01, da Leapmotor, destacou justamente a paleta, com oito opções. Escolher a cor do próprio carro é uma forma de expressão. E a personalização ganha ainda mais força com a decoração do painel com enfeites diversos.

Sedãs continuam populares – até entre jovens

Embora os grandalhões SUVs também estejam ganhando espaço na China, como acontece em todos os mercados pelo mundo, os estilosos sedãs continuam fortes por lá. Todas as novas empresas têm ao menos uma opção de três volumes em seu portfólio, e muitos são especificamente oferecidos para um público jovem. É exatamente o oposto do que acontece aqui, em que os sedãs são vistos como “carros de tiozão” e estão sumindo das nossas ruas.

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O sucesso das minivans

Praticamente inexistentes por aqui, as minivans são um sucesso na China. As chamadas MPVs (“multi purpose vehicles”, ou seja, veículos multifuncionais), com suas grades inspiradas em cachoeiras e espaço para seis ocupantes são preferidas por executivos em seus deslocamentos diários (conduzidos por motoristas, é claro), mas também por famílias maiores. Há opções mais baratas e outras extremamente luxuosas, com cadeiras reclináveis que saem do veículo para facilitar a entrada de idosos e pessoas com dificuldade de locomoção.

Diferenças para outras cidades

Essas observações são específicas de Xangai, porque a realidade é diferente em outras cidades. A frota das principais metrópoles é mais nova, enquanto em cidades no interior da China têm situações distintas, com veículos um pouco mais velhos.

*O jornalista viajou a Xangai a convite da Leapmotor e da GWM.

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