Promoção do Ano: VEJA por apenas 4,00/mês
Imagem Blog

Paraná

Por VEJA Correspondentes Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Política, negócios, urbanismo e outros temas e personagens paranaenses. Por Guilherme Voitch, de Curitiba
Continua após publicidade

Moro pretende chamar integrantes da Lava Jato para o ministério

Juiz afirmou ainda que já trabalha em um pacote contra a corrupção e o crime organizado para ser aprovado pelo Congresso de forma 'rápida e simples'

Por Guilherme Voitch Atualizado em 6 nov 2018, 19h17 - Publicado em 6 nov 2018, 16h49

O juiz Sergio Moro, indicado pelo presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) para o Ministério da Justiça, afirmou nesta terça-feira, 6, que pretende chamar integrantes da Operação Lava Jato para sua equipe na Esplanada. “Foram testados por sua eficiência e integridade”, disse em entrevista coletiva em Curitiba.

O magistrado não citou os nomes que seriam convidados, mas afirmou que a “experiência bem-sucedida” da Lava Jato deve ser levada para o Poder Executivo. Moro afirmou ainda que já trabalha no que seria um pacote contra a corrupção e o crime organizado para ser aprovado pelo Congresso de forma “rápida e simples”.

“A ideia geral é resgatar as Dez Medidas contra a Corrupção e também utilizar o pacote da Transparência Internacional das novas medidas contra a corrupção. Propostas simples e que possam ser aprovadas em breve tempo sem prejuízo para propostas mais elaboradas”, disse.

Entre as propostas, ele citou algumas relacionadas à pena: a alteração nas regras de prescrição, atualização da lei sobre execução a partir da segunda instância, execução imediata a partir de condenação pelo tribunal do júri, proibição de progressão para presos com relações com o crime organizado e negociação para pequenos crimes e delitos. O magistrado também citou como possibilidades a sistematização do uso de policiais disfarçados em operações e uso de exames de DNA para investigação. “O objetivo no governo federal é realizar o que não foi feito nos últimos anos”, explicou.

Homem ponderado

Em mais de uma oportunidade, Moro se referiu ao presidente eleito como um homem “ponderado e sensato”. O magistrado disse que não iria analisar declarações dadas no passado por Bolsonaro e afirmou não existir nenhum projeto ou iniciativa do governo que retire direitos ou ameace minorias. Moro também declarou que a sua reunião com o presidente eleito, na quinta-feira, 1º, foi de grande “concordância”. “Algumas pequenas divergências que com diálogo podem ser equacionadas, Mas eu entendo que a última palavra é dele.”

O futuro ministro da Justiça tratou de alguns temas abordados por Bolsonaro durante a campanha. Ele disse, por exemplo, que concordava pessoalmente com a redução da maioridade penal para 16 anos para crimes graves, como homicídio, por exemplo. “Entendo que isso não resolve o problema da violência, mas existem questões relativas à Justiça individual que precisam ser sanadas.”

Continua após a publicidade

Moro também afirmou que Bolsonaro se elegeu defendendo a flexibilização da posse de armas e que seria “inconsistente” agir contra essa bandeira. O futuro ministro diz estar disposto a discutir sobre como seria feita essa flexibilização.

A respeito da ampliação da exclusão de ilicitude, o mecanismo judicial pelo qual policiais são isentados de responder por mortes em confrontos, Moro disse que que é “preciso pensar em um tratamento jurídico adequado para cobrir situações de policiais que atiram em criminosos fortemente armados em confrontos”. “Precisa ter um protocolo”, afirmou. O magistrado disse, no entanto, defender o investimento em recursos e em inteligência para o combate ao crime. “A operação bem-sucedida é aquela em que o criminoso é preso e o policial volta pra casa tranquilo, sem disparo de um tiro.”

O futuro ministro mostrou discordância do presidente eleito ao falar sobre o enquadramento de movimentos sociais, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) na Lei de Terrorismo. “As pessoas e os grupos têm liberdade de manifestação, mas não há grupo inimputável, principalmente quando há danos e lesões a terceiros. Mas qualificá-los como organização terrorista me parece inconsistente.”

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Veja e Vote.

A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

OFERTA
VEJA E VOTE

Digital Veja e Vote
Digital Veja e Vote

Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

3 meses por 12,00
(equivalente a 4,00/mês)

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

a partir de 49,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.