Irmão de Requião terá de devolver R$ 26 milhões ao Porto de Paranaguá
Vara da Fazenda Pública de Paranaguá seguiu entendimento do TCE, que encontrou uma série de irregularidades na gestão de Eduardo Requião
A Justiça do Paraná determinou que o ex-superintendente do Porto de Paranaguá Eduardo Requião, irmão do senador Roberto Requião (MDB). devolva R$ 26 milhões para a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (APPA). A decisão é do juiz Rafael Kramer Braga, da Vara da Fazenda Pública de Paranaguá. Ele deu três dias para o pagamento da multa.
O juiz acatou uma ação movida pela administração atual do porto que, por sua vez, seguiu determinação do Tribunal de Contas do Paraná (TCE-PR). No acórdão 4.030, de 2017, o tribunal considerou irregular a prestação de contas relativa ao exercício de 2004, quando Eduardo Requião era o superintendente, indicado pelo irmão, então governador do estado.
Para o TCE, houve irregularidade em contratos com duas empresas, uma de guindastes e outra de dragagem. Ambas teriam recebido valores incompatíveis com o serviço prestado, que foi considerado insuficiente ou incompleto pelo tribunal. O órgão também encontrou divergência entre o saldo do extrato bancário da APPA em 31/12/2004 e o apresentado no balancete da Autoridade Portuária.
VEJA entrou em contato com a defesa de Eduardo Requião, mas, até o momento, não houve resposta.