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O valor milionário da venda do catálogo musical do Pink Floyd

Entre as faixas negociadas, estão sucessos como 'Another Brick in the Wall', 'Wish You Were Here' e 'Money'

Por Mariana Carneiro 2 out 2024, 18h15

Uma das bandas mais influentes da história do rock, o Pink Floyd vendeu todo seu catálogo musical para a Sony Music Publishing por estimados 400 milhões de dólares (cerca de 2,1 bilhões de reais na cotação atual), segundo reportagem publicada pelo jornal britânico Financial Times. Entre as canções negociadas, estão os sucessos Another Brick in the Wall, Wish You Were Here, Money, Time e Comfortably Numb. O acordo também contempla os direitos relativos ao nome e à imagem do Pink Floyd, o que significa que a Sony poderá produzir mercadorias diversas, incluindo séries e filmes sobre a banda.

A negociação foi marcada por conflitos internos, especialmente entre o baixista Roger Waters e o guitarrista David Gilmour, que vivem em pé de guerra há mais de 40 anos. Recentemente, à revista Rolling Stone, Gilmour revelou que estava interessado em vender o catálogo do Pink Floyd não apenas por motivos financeiros, mas também para se isentar da tomada de decisões e embates com o antigo colega de banda. Houve uma primeira tentativa de venda em 2022, mas o processo foi interrompido devido a uma série de comentários polêmicos de Waters sobre a guerra na Ucrânia e o conflito entre Israel e Palestina.

O Pink Floyd segue uma tendência encabeçada por artistas como Bruce Springsteen, Bob Dylan, Red Hot Chili Peppers e Queen, que também fecharam negócios milionários pelos direitos de seus catálogos nos últimos anos. Para os músicos, especialmente os mais velhos, a venda é interessante pois eles embolsam um dinheiro que levariam anos para ganhar. Além disso, eles decidem, ainda em vida, o destino de suas músicas, protegendo seu legado de possíveis brigas familiares por herança. Já para as empresas que compram os direitos musicais, trata-se de um negócio potencialmente lucrativo a longo prazo, com a ascensão dos serviços de streaming, além da possibilidade de explorar as composições em trilhas sonoras, propagandas e outras iniciativas comerciais.

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