O protesto de Anitta contra a privatização das áreas verdes de Salvador
Cantora utilizou as redes para se posicionar contra leilões que enxerga como sintomáticos da especulação imobiliária na capital da Bahia

A cantora Anitta utilizou as redes sociais nesta sexta-feira, 18 de abril, para protestar contra o leilão de áreas verdes de Salvador, na Bahia, para a iniciativa privada. Em vídeo compartilhado, ela pede que autoridades soteropolitanas se atentem para a venda de áreas arborizadas para a construção de prédios, apontando que tal uso do “potencial construtivo” não é a melhor escolha para a população. “Hoje eu vim aqui fazer um pedido às autoridades de Salvador, à Prefeitura e às autoridades, que respeitem as áreas verdes do Estado, da cidade e não promovam leilões sem que tenham todos os requisitos para que isso aconteça”, disse a cantora de Funk Generation.
Anitta protesta contra leilão de áreas verdes em Salvador e cobra autoridades: “É preciso respeitar os limites”
🎥 Reprodução/ Redes Sociais pic.twitter.com/eFVUulSsoi
— +BN (@_MaisBN) April 18, 2025
Em seu comunicado, Anitta afirmou que “é preciso respeitar os limites e cuidar da natureza e proteger as áreas verdes” ainda existentes como medida contra a crise climática. “Agora é hora de cuidar do nosso ambiente. Um beijo para todos vocês e para essa cidade que eu amo tanto que é Salvador, que está sempre tão linda, que tem uma natureza tão maravilhosa e que merece ser preservada e cuidada”, concluiu.
Quais são os leilões criticados por Anitta?
Na segunda-feira, 14, a Justiça da Bahia suspendeu um leilão de terreno no Morro do Ipiranga que ocorreria no dia seguinte. A decisão veio de um pedido do Conselho de Arquitetura e Urbanismo da Bahia (CAU-BA) e diz respeito à área de mais de 3.000 metros quadrados disputada pela sociedade civil e o poder público. Segundo o Conselho, a região é de interesse ambiental e cultural, além de adornar a paisagem da capital baiana e evitar deslizamentos graças à vegetação. Caso a decisão jurídica seja desrespeitada, os responsáveis pelo leilão terão que arcar com multa de 100.000 reais.
Um dos maiores defensores da venda, no entanto, é o prefeito Bruno Reis, do partido União Brasil, que nega a utilidade da região para o povo. Para ele, o leilão efetiva a “desafetação e alienação de uma área que não tem qualquer utilização para as pessoas” e pode “render recursos expressivos”. O leilão antes previsto é consequência da aprovação da prefeitura da desafetação de 44 terrenos municipais, incluindo outras 16 áreas verdes. Para além do ambientalismo, a pauta diz respeito à especulação imobiliária, preocupação crescente nas grandes capitais do Brasil.
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