O pedido de Jay-Z à justiça após ser acusado de estupro
Denúncia diz que rapper teria abusado de garota de 13 anos junto com P. Diddy após festa nos anos 2000

Acusado de estuprar uma menina de 13 anos em um caso relacionado a P. Diddy, Jay-Z pediu à justiça que a autora da denúncia seja obrigada a revelar a sua identidade. “O sr. Carter merece saber a identidade da pessoa que o está acusando — de forma sensacionalista — de conduta criminosa, exigindo uma compensação financeira massiva e manchando uma reputação conquistada ao longo de décadas”, escreveu o advogado do marido de Beyoncé em um documento protocolado nesta segunda-feira, 9, e divulgado pela Billboard.
Segundo a lei americana, demandantes em processos de abuso sexual podem se manter no anonimato em algumas situações, especialmente quando há risco de retaliação pública — como em casos que envolvem celebridades. A possibilidade, no entanto, nem sempre é concedida pela justiça: em ações civis movidas contra P. Diddy, por exemplo, exigiu-se que as acusadoras revelassem a identidade.
Um dos músicos mais poderosos e ricos dos Estados Unidos, Shawn Carter — nome de batismo do rapper — é a primeira celebridade é ser incluído no processo movido com P Diddy, que está preso sob a acusação de encabeçar um escabroso esquema de abuso e tráfico sexual, extorsão, associação criminosa e promoção da prostituição. A mulher, identificada como Jane Doe, diz que tinha 13 anos quando foi agredida sexualmente pelos dois músicos em uma festa após o Video Music Awards, em 2000. Ela afirma que se sentiu tonta após consumir uma bebida e foi para um quarto. Jay Z a teria estuprado primeiro e Combs em seguida.
No documento protocolado na justiça, os advogados de Jay-Z chamam as acusações de “hediondas” e alegam que elas fazem parte de uma “campanha de extorsão” liderada por Tony Buzbee — o advogado que representa diversas mulheres em processos contra P. Diddy. O documento também afirma que o anonimato da acusadora é, supostamente, uma tática do “esquema” de Buzbee para conseguir acordos financeiros de celebridades.
Entenda o caso:
O rapper Sean John Combs — conhecido como P. Diddy ou Puff Daddy — foi por décadas um figurão intocável na elite do hip-hop. O artista de 54 anos foi preso sob a acusação de encabeçar um escabroso esquema de tráfico sexual, extorsão, associação criminosa e promoção da prostituição. Combs está detido em uma prisão de Nova York célebre por sua insalubridade. A cerca de 160 quilômetros de sua cela fica o endinheirado balneário dos Hamptons, onde Combs promoveu nos últimos anos as concorridas Festas do Branco, que contavam com mulheres seminuas na piscina e eram frequentadas por estrelas do porte de Leonardo DiCaprio, Demi Moore, Jay-Z, Beyoncé, Ashton Kutcher, Mariah Carey e Jennifer Lopez — aliás, sua ex.
O que a polícia averiguou, de alguns meses para cá, é que havia algo podre por trás da badalação. Em paralelo, Combs também promovia baladas privês chamadas de freak offs (“surtos”, em português), nas quais coagia mulheres a se drogarem para transar com garotos de programa, enquanto ele próprio assistia a tudo. Nas suas mansões em Los Angeles e Miami, a polícia encontrou drogas, fuzis e mais de 1 000 frascos de óleo para pele de bebê e lubrificantes — produtos que, em tese, seriam destinados a essas orgias. A principal denúncia foi feita por uma ex-namorada do artista, a cantora Cassie Ventura, que alega ter sido estuprada repetidamente por Combs e obrigada a se drogar e também a transar, por dias, com outros homens enquanto ele a espancava. A prisão causou um efeito dominó, com novas denúncias de outras sete mulheres e de dois homens.
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