O definitivo teste do Vale do Anhangabaú após festival internacional
O Mita festival levou para o Centro de São Paulo grandes nomes do pop e do rock, mas local apertado não agradou ao público

Depois de um final de semana de shows no Rio de Janeiro, o festival Mita aportou em São Paulo no último final de semana (3 e 4 de junho) no Vale do Anhangabaú. Os grandes prédios ao redor e o clima do centro da cidade, deram um charme a mais no espaço, que foi recentemente adaptado para receber grandes eventos. Desde 2021, o vale é administrado pelo consórcio Viva o Vale, cujo objetivo é levar grandes eventos para lá.
No teste das multidões, o Anhangabaú, no entanto, não se mostrou eficaz. Com dois palcos dispostos frente a frente e num lugar sem escape lateral, era impossível no horário de pico transitar entre um e outro para ver os outros shows. A sensação de insegurança do Centro também era patente. A maneira mais fácil de chegar ao lugar era pela estação República do metrô e, apesar de bem policiado, a caminhada do Anhangabaú até o metrô, especialmente ao final do festival, mereceu atenção especial do público para não ter o telefone furtado.
Com as mesmas atrações internacionais da capital fluminense, se apresentaram em São Paulo os artistas Lana Del Rey, Florence and The Machine, Flume, Haim, The Mars Volta e Badbadnotgood. Dos brasileiros, tocaram Capital Inicial, Djonga, Duda Beat, entre outros. Um dos destaques da noite foi o trio californiano Haim, formado pelas irmãs Este, Danielle e Alana. As artistas cativaram o público com uma homenagem à Xuxa. Este disse ser fã da Rainha dos Baixinhos e puxou um coro de Ilariê. Ela também usou um boné escrito Xuxa, com mechas loiras. “Fui num shopping aqui em São Paulo e vi esse boné. Comprei na hora”, contou. Nos anos 90, a apresentadora teve um programa de auditório nos Estados Unidos, feito em inglês, daí a paixão das meninas pela brasileira.
A noite foi encerrada com o show de Florence And The Machine, que surgiu no palco quase como uma aparição celestial. Apesar da artista não trazer para o Brasil os mesmos aparatos de palco que usa no exterior, sua apresentação foi um dos pontos altos do festival. Quando cantou Dog Days Are Over, um de seus maiores hits, ela pediu que os fãs guardassem os celulares e só voltou a cantar quando não viu nenhuma luzinha na plateia. “Vamos viver esse momento junto”, disse. Na plateia, boa parte do público usava uma coroa de flores na cabeça, em referência ao adereço que a artista também usa em suas apresentações.





