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O Som e a Fúria

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Milton Nascimento 80 anos: cinco músicas que marcaram a história do Brasil

Composições como 'Nada Será Como Antes', 'Canção da América' e 'Maria Maria' marcaram gerações

Por Felipe Branco Cruz Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 26 out 2022, 14h17 - Publicado em 26 out 2022, 10h13

Em pouco menos de um mês, em 13 de novembro, quando Milton Nascimento, o Bituca, apresentar no estádio do Mineirão, em Belo Horizonte, o último show da turnê A Última Sessão de Música, ele dará por encerrada a sua missão em cima dos palcos. A festa, no entanto, acontece nesta quarta-feira, 26, quando ele completa 80 anos. O afastamento dos palcos, no entanto, não significará a aposentadoria da música de um dos maiores cantores do país. Apesar da saúde frágil, ele promete continuar gravando novas canções e encantando novas gerações.

Uma entidade da MPB, Milton Nascimento celebrou neste ano também, ao lado de Lô Borges, os 50 anos do álbum Clube da Esquina, um marco na música nacional e o primeiro disco duplo de estúdio lançado no país, com clássicos como Tudo Que Você Podia Ser, O Trem Azul, Nada Será Como Antes, entre muitas outras. Medir a importância de Milton para a cultura é um trabalho árduo, mas a seguir, lembramos cinco músicas que ao longo dos anos marcaram a história do Brasil.

Nada Será Como Antes

Composta por Milton Nascimento e Ronaldo Bastos, a faixa do Clube da Esquina trata da opressão durante a ditadura militar. Versos como “Que notícias me dão dos amigos? / Que notícias me dão de você? /Sei que nada será como está, amanhã ou depois de amanhã / Resistindo na boca da noite um gosto de sol” resumiam de forma poética o medo que se instaurou no país. Comprovando a atemporalidade dos versos, no entanto, durante a pandemia, a música também serviu de trilha sonora que ajudou a suportar o distanciamento social.

Canção da América

Composta por Fernando Brant e Milton Nascimento em 1979, ela foi escrita originalmente em inglês sob o título Unencounter para o álbum Journey to Dawn, em homenagem ao músico sul-africano Ricky Fataar, amigo de Milton. A faixa se transformou em um dos maiores clássicos de Milton e virou uma espécie de hino à amizade. A canção ganhou uma versão irretocável na voz de Elis Regina e foi muito lembrada, anos depois, quando Ayrton Senna morreu.

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Fé Cega, Faca Amolada

Faixa do álbum Minas (1975), composta por Milton Nascimento e Ronaldo Bastos, é mais uma canção que critica a ditadura. Com uma letra agressiva, a dupla canta: “Plantar o trigo e refazer o pão de cada dia /  Beber o vinho e renascer na luz de todo dia / A fé, a fé, paixão e fé, a fé, faca amolada / O chão, o chão, o sal da terra, o chão, faca amolada”, com arranjos que remetem ao rock, com solos de guitarra e distorção. A faixa ganhou uma interpretação brilhante na voz de Gal Costa.

Maria, Maria

Mais uma parceria de Milton Nascimento com Fernando Brant, a música saiu no álbum Clube da Esquina 2 (1978) e é mais uma canção que ficou imortalizada na voz de Elis Regina. A letra fala de uma mulher batalhadora, que não desiste das dificuldades, tal como inúmeras brasileiras. Milton afirmou que a inspiração veio da mulher negra. Nos anos 1980, a composição virou um espetáculo feito pelo grupo Corpo que retratou justamente essa mulher que não desiste das dificuldades que a vida lhe impõe.

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Coração de Estudante

Lançada em 1983, a música teve sua melodia composta por Wagner Tiso para um documentário sobre o presidente João Goulart, deposto pelo golpe militar. A letra, escrita por Milton, foi inspirada pelas imagens do velório do estudante Edson Lima, morto durante a ditadura em 1968. Lançada nos estertores da ditadura, a faixa foi abraçada pelos estudantes que se manifestavam pelo fim do regime.

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