Mercado fonográfico do Brasil fatura R$ 3,4 bilhões e cresce 21,7% em 2024
O grande responsável pelo crescimento foi o streaming que respondeu por 99% do faturamento

O relatório anual Mercado Brasileiro de Música, realizado pela Pro-Música, e divulgado nesta quarta-feira, 19, mostrou que pela primeira vez na história, o mercado fonográfico brasileiro registrou um faturamento total de 3,4 bilhões de reais, um crescimento de 21,7% em relação ao ano anterior. Os números mantêm o Brasil na 9ª posição entre os maiores mercados musicais do ranking da Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI).
O grande responsável pelo faturamento foi o streaming, que respondeu por impressionantes 99,2% do total das vendas físicas e digitais e por 87,6% das receitas do setor, um aumento de 22,5% em comparação com 2023. As assinaturas em serviços como Spotify, Deezer, Apple Music, YouTube Music, Napster e Amazon Music somaram 2,077 bilhões de reais, representando um salto de 26,9% no período. Já as receitas geradas por streaming remunerado por publicidade cresceram 8,3%, chegando a R$ 479 milhões. Os vídeos musicais interativos, financiados exclusivamente por publicidade, movimentaram R$ 499 milhões, um crescimento de 20,3%.
Quando se trata de arrecadação de direitos conexos de execução pública para produtores, artistas e músicos, os valores somaram 386 milhões de reais, uma alta de 14,9% em relação a 2023. As receitas de sincronização – uso de músicas em publicidade, filmes e séries – tiveram um crescimento ainda mais acentuado, com avanço de 36% e arrecadação de 19 milhões de reais.
O mercado de vendas de mídias físicas representa uma pequena fatia do bolo, mas também registrou aumento. As vendas de formatos físicos somaram R$ 21 milhões, um crescimento de 31,5%. O principal responsável, mais uma vez, foi o vinil, movimentando 16 milhões de reais – crescendo 45,6% na comparação com o ano anterior.