Marido de Beyoncé, Jay-Z é acusado de estupro de criança de 13 anos
O rapper foi incluído no mesmo processo que já prendeu o magnata da música Sean "Diddy' Combs
O rapper Jay-Z, de 55 anos, um dos músicos mais poderosos e ricos dos Estados Unidos, foi acusado por uma mulher de estuprá-la quando ela tinha 13 anos. A alegação está no processo que acusou – e prendeu – o rapper Sean “Diddy’ Combs.
Jay-Z, cujo nome de batismo é Shawn Carter, foi adicionado no processo, aberto inicialmente contra Combs. Jay-Z é marido da cantora Beyoncé, com quem tem três filhos. O rapper é o primeiro famoso a ser incluído no processo de Combs. No processo, Carter foi apresentado como Celebridade A.
Em uma declaração dada à CNN americana, Jay-Z chamou as alegações de hediondas. “Imploro que você registre uma queixa criminal, não civil!! Quem quer que cometa tal crime contra um menor deve ser preso, você não concorda?”, ele escreveu. A reportagem da CNN americana também tentou contato com Beyoncé, mas ela não respondeu. “Minha esposa e eu teremos que sentar com nossos filhos, um dos quais está na idade em que seus amigos certamente verão a imprensa e farão perguntas sobre a natureza dessas alegações, e explicarão a crueldade e a ganância das pessoas. Lamento mais uma perda de inocência. As crianças não deveriam ter que suportar isso em sua tenra idade.”
A mulher, identificada como Jane Doe, diz que tinha 13 anos quando foi agredida sexualmente pelos dois músicos em uma festa após o Video Music Awards, em 2000. Ela afirma que se sentiu tonta após consumir uma bebida e foi para um quarto. Jay Z a teria estuprado primeiro e Combs em seguida.
“Com base nas informações e crenças atuais, Jay-Z respondeu à referida carta não apenas entrando com uma ação judicial totalmente frívola, mas também orquestrando uma conspiração de assédio, intimidação e intimidação contra os advogados da Autora, sua família, funcionários e ex-associados, em uma tentativa de silenciar a Autora de nomear Jay-Z aqui. Esse esforço tinha como objetivo assustar a Autora e desacreditar seu advogado. Esse esforço falhou. De fato, a Autora escolheu entrar com esta emenda como resultado da conduta flagrante perpetuada por Carter”, diz o processo que a CNN teve acesso.
Entenda o caso:
O rapper Sean John Combs — conhecido como P. Diddy ou Puff Daddy — foi por décadas um figurão intocável na elite do hip-hop. O artista de 54 anos foi preso sob a acusação de encabeçar um escabroso esquema de tráfico sexual, extorsão, associação criminosa e promoção da prostituição. Combs está detido em uma prisão de Nova York célebre por sua insalubridade. A cerca de 160 quilômetros de sua cela fica o endinheirado balneário dos Hamptons, onde Combs promoveu nos últimos anos as concorridas Festas do Branco, que contavam com mulheres seminuas na piscina e eram frequentadas por estrelas do porte de Leonardo DiCaprio, Demi Moore, Jay-Z, Beyoncé, Ashton Kutcher, Mariah Carey e Jennifer Lopez — aliás, sua ex.
O que a polícia averiguou, de alguns meses para cá, é que havia algo podre por trás da badalação. Em paralelo, Combs também promovia baladas privês chamadas de freak offs (“surtos”, em português), nas quais coagia mulheres a se drogarem para transar com garotos de programa, enquanto ele próprio assistia a tudo. Nas suas mansões em Los Angeles e Miami, a polícia encontrou drogas, fuzis e mais de 1 000 frascos de óleo para pele de bebê e lubrificantes — produtos que, em tese, seriam destinados a essas orgias. A principal denúncia foi feita por uma ex-namorada do artista, a cantora Cassie Ventura, que alega ter sido estuprada repetidamente por Combs e obrigada a se drogar e também a transar, por dias, com outros homens enquanto ele a espancava. A prisão causou um efeito dominó, com novas denúncias de outras sete mulheres e de dois homens.