Emicida vs Fióti: Entenda a disputa judicial e o rompimento dos irmãos
O rapper acusa o irmão de sacar irregularmente 6 milhões de reais da empresa Lab Fantasma

A parceria profissional de mais de 15 anos entre Leandro Roque de Oliveira, o rapper Emicida, e seu irmão Evandro Roque de Oliveira, o Fióti, foi desfeita nesta semana com um anúncio nas redes sociais da separação dos dois. O motivo do rompimento foi revelado em um processo que tramita na 37ª Vara Cível de São Paulo. Partes do processo, segundo sua última movimentação, publicada nesta terça-feira, 1, tiveram seu segredo de Justiça retirados sendo acessados pela reportagem de VEJA.
No documento, o rapper Emicida alega que seu irmão Fióti transferiu, sem autorização, 6 milhões de reais da empresa Lab Fantasma, criada por eles em 2010. Fióti, por sua vez, reclama de sua participação nos lucros da empresa, que atuava no ramo da música, entretenimento, roupas, livros e empresariamento de carreiras musicais de artistas como Rael e Drik Barbosa, além do próprio Emicida.
Segundo o processo, até 2024, cada um dos sócios tinha 50% da empresa, mas uma mudança alterou a porcentagem de 90% para Emicida e 10% para Fióti, por motivos de “questões estratégicas e necessidades empresariais”. Fioti alegou que foi retirado da empresa indevidamente e pediu uma revisão do contrato. Já a defesa de Emicida alegou irregularidades na gestão da empresa. Em janeiro deste ano, Emicida afirmou que 1 milhão de reais foi transferido sem autorização. Na sequência, um saque semelhante foi realizado em fevereiro deste ano. Após estranhar a movimentação, Emicida levantou outros saques passados e constatou outros 4 milhões de reais retirados, segundo ele, sem autorização, num total de 6 milhões de reais.
Fióti se defendeu afirmando que os valores retirados foram “adiantamento de lucros” e que metade do valor, segundo extratos bancários, foram encaminhados para Emicida. O caso segue ainda sem decisão definitiva da Justiça. Procurada, a assessoria de Emicida disse que o rapper não pronunciaria por se tratar de segredo de Justiça.