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O Som e a Fúria

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Daniela Mercury a VEJA: “Precisamos usar a arte para fazer a diferença”

Cantora lançou recentemente seu álbum 'Cirandaia'

Por Kelly Miyashiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 7 nov 2025, 12h56

Com 40 anos de uma carreira consolidada, Daniela Mercury lançou recentemente seu mais novo álbum, Cirandaia, em que celebra o axé e o Nordeste, com grandes parcerias. Em entrevista a VEJA, a cantora falou sobre o projeto, mas também tocou na representatividade LBGTQIA+ e em seu ativismo político e social.

Confira:

Quais foram suas principais inspirações para criar Cirandaia e por que lançá-lo agora? Costumo lançar um álbum a cada dois anos mais ou menos, e esse veio como uma celebração dos meus 60 anos de vida e 40 de carreira. Depois do Baiana, que lancei em 2022, senti vontade de olhar para o Nordeste, para o que há de mais nordestino em mim. O disco nasceu quase intuitivamente, a partir da música Bicho Amor, de Geraldo Azevedo, que me reconectou às minhas origens. A partir daí, vieram parcerias com Chico César, Lucas Santtana e muitos amigos — o álbum virou uma verdadeira ciranda afetiva. Convidei nomes como Alcione, Vânia Abreu, Zélia Duncan e Dona Onete e a inédita colaboração com Davi Kopenawa Yanomami e Ehuana Yanomami no manifesto Quem Vai Segurar o Céu. É um álbum mais acústico, clássico e afetivo, feito com calma, como uma roda de amigos.

Como foi gravar com artistas que também representam a comunidade LGBTQIA+, como Lauana Prado? É exatamente isso. Fico muito feliz em celebrar a força e a coragem de Lauana Prado por se posicionar no cenário sertanejo. Este encontro une os “sertões” do Brasil e representa a força de mulheres que são donas de seu trabalho, assim como eu, que lanço meus álbuns pelo meu próprio selo há mais de 20 anos. Eu sempre busco me antecipar às mudanças na indústria, garantindo a gestão do meu próprio catálogo.

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O título Cirandaia faz referência à inteligência artificial, então? Eu não o vejo como uma crítica, mas como uma reflexão sobre o impacto da IA. O álbum é um manifesto no sentido de que eu quis que ele não fosse constituído por IA, sendo gravado de forma tradicional e acústica, priorizando o afeto, a ancestralidade nordestina e a “música de verdade”. Eu defendo que o conhecimento é patrimônio da humanidade e não pode ser propriedade de poucas empresas. Para mim, a IA e a proteção do clima são os assuntos mais urgentes da nossa contemporaneidade.

Você continua muito ativa em pautas sociais e políticas. Por que é importante para você, como artista, se posicionar politicamente? É importante para dizer aos nossos legisladores qual é o seu limite. Eu dedico mais de 40% do meu tempo a direitos humanos e busco monitorar as leis que impactam a vida do povo, como a PEC da Blindagem e o PL da Devastação. O ativismo serve para vigiar o Congresso e garantir que as leis sejam feitas para o bem de todos. Quando grandes movimentos (como os do Rio e São Paulo) convocam, eu não hesito em ir para a rua.

O que pensa sobre artistas que escolhem não se posicionar e ficar isentos dessas questões? Eu não estou aqui para julgar, mas para convidar e estimular. Eu entendo que os assuntos são complexos, mas se temos o poder da arte, precisamos usá-lo para fazer a diferença. Eu convido todos os artistas, empresas e a população a participarem dessas lutas, porque o risco vale a pena. Não devemos ter medo de perder um contrato, pois “quanto mais gente boa junto, menos gente contra” o que é melhor para o país. Eu vivo nessa ciranda dando a mão a todos.

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