Como Britney Spears ajudou música de Roberta Miranda a crescer 60%
A canção 'A Mulher em Mim', cover de 'Woman in Me', de Shania Twain, mesmo título da biografia de Britney Spears, aumentou as reproduções no streaming
A canção A Mulher em Mim, interpretada pela cantora Roberta Miranda, versão em português do hit The Woman in Me, de Shania Twain, teve um aumento de 60% nas reproduções na Deezer no último sábado, 21, comparado com o primeiro dia de outubro. O aumento involuntário veio na esteira da campanha de divulgação do livro A Mulher em Mim (Buzz Editora), autobiografia de Britney Spears.
Já a Britney Spears tornou-se a segunda artista mais buscada na Deezer nas últimas 24 horas. Um dia depois do lançamento do livro, na terça-feira, 24, ela cresceu mais 10% e 14% em comparação às duas últimas semanas. A faixa Everytime, lançada em 2003, logo após o término de seu relacionamento com Justin Timberlake, teve um pico de crescimento de 107% em streams em relação ao dia anterior à prévia das revelações do livro. Para fins de comparação, a cantora havia atingido o maior pico de ouvintes na plataforma em 2023 no dia 21 de julho, com um crescimento de 70% em streams após o lançamento de sua parceria com Will.I.Am, Mind Your Business.
De janeiro até outubro deste ano, as músicas de Britney Spears, artista feminina que mais vendeu álbuns nos anos 2000, foram escutadas majoritariamente por homens, sendo 68% do público total, na faixa dos 26 a 35 anos (50%), seguidos de 36 a 45 anos (23%) e 18 a 25 anos (18%). No ranking das cidades com maiores ouvintes, estão São Paulo, em primeiro lugar, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba e Fortaleza.
Confira as 10 músicas mais ouvidas de Britney Spears em 2023:
- Hold Me Closer
- Toxic
- …Baby One More Time
- Womanizer
- Oops!…I Did It Again
- Gimme More
- Work B**ch
- I Wanna Go
- Mind Your Business
- Criminal
O novo livro está recheado de confissões da estrela sobre sua família, a indústria do show business, seus colegas e suas próprias experiências e sentimentos. A artista, que virou estreia do Clube do Mickey, na década de 1990, ao lado de Christina Aguilera, Justin Timberlake, Keri Russel e Ryan Gosling, conta que seu pai era alcoólatra e enfrentava dificuldades financeiras. Já a mãe, Lynne Spears, começou a lhe oferecer álcool aos 13 anos, compartilhando daiquiris que ela chamava de “toddies”, em viagens para a praia de Biloxi, no Mississipi. Na nona série, Britney diz ter se tornado fumante regular e perdeu a virgindade. Sobre o relacionamento com Timberlake, a cantora diz que estava “pateticamente” apaixonada por ele mais ou menos na mesma época em que ele exigiu que ela fizesse o aborto. O livro detalhe ainda um breve envolvimento com o ator Colin Farrell e o uso que ela fazia de Adderall (usado pra transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, proibido no Brasil).
O obra relata uma série de vilões, como o pai, Jamie Spears, que frequentemente criticava o peso da artista. Britney afirma que no dia que ele conseguiu a custódia da filha, ele disse para ela: “Agora eu sou a Britney Spears”. Apesar do aborto, Britney é gentil ao falar de Timberlake, mas o retrata como um canalha que rompeu com ela por mensagem de texto no celular e depois a retratou como uma traidora em seu primeiro disco solo, Justified, de 2002.