Como Bad Bunny excluiu EUA de turnê e acabou como atração do Super Bowl
Astro foi anunciado como comandante do badalado show do intervalo da NFL

Depois de muita expectativa e diversos nomes cogitados, a NFL anunciou neste domingo, 28, que o astro porto-riquenho Bad Bunny comandará o show do intervalo do próximo Super Bowl. O evento tradicional do futebol americano acontece no dia 8 de fevereiro, e marca o retorno do artista aos Estados Unidos, que ficou de fora de sua turnê mundial.
Em comunicado à imprensa, o cantor de 31 anos declarou que o sentimento vai além dele mesmo. “É por aqueles que vieram antes de mim e correram incontáveis jardas para que eu pudesse marcar um touchdown”, declarou ele, fazendo trocadilhos com termos do esporte. “Isso é pelo meu povo, minha cultura e nossa história. Vá dizer à sua avó que faremos o show do intervalo do Super Bowl”, declarou o cantor, com a última frase originalmente em espanhol, sua língua nativa.
Natural de Porto Rico, Benito, como foi batizado, é um dos maiores fenômenos da música atual. Seu álbum mais recente, Débi Tirar Más Fotos bateu uma marca dificílima: colocar todas as 17 faixas no ranking da Billboard — o único a conseguir o feito cantando em espanhol.
Politizado, ele exalta em seus sucesso recentes a identidade e luta do povo de Porto Rico, e não deixa de se posicionar contra o avanço das políticas anti-imigração nos Estados Unidos. Recentemente, o astro excluiu o país de sua turnê mundial, que começa em novembro, temendo por ações de agentes de imigração em seus shows. “Não tenho ódio dos americanos, mas um temor de que o ICE fique à espreita do lado de fora”, explicou ele, que passa pelo Brasil nos dias 20 e 21 de fevereiro, para shows em São Paulo.
Apesar do sucesso, o cantor não era a primeira escolha da NFL: antes dele, Taylor Swift — que recentemente ficou noiva do astro do Chiefs Travis Kelce — estava em negociações para comandar o Super Bowl, mas o negócio não foi para frente. Depois dela, o nome de Adele foi veiculado na imprensa americana como possível atração, também sem confirmação. Com o martelo batido, a liga descreveu Bad Bunny como uma escolha natural, e exaltou suas qualidades. “Ele representa a energia global e vibração cultural que definem a música atual”, atestou Jon Barker, vice presidente de produção de ventos globais da NFL em nota à imprensa, destacando também sua “habilidade única em mesclar gêneros, línguas e audiências”.