Digital Completo: Assine a partir de R$ 9,90
Imagem Blog

O Som e a Fúria

Por Felipe Branco Cruz Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Pop, rock, jazz, black music ou MPB: tudo o que for notícia no mundo da música está na mira deste blog, para o bem ou para o mal

“Artistas nascem dos escombros”, diz líder do Rival Sons sobre pandemia

Novo álbum da banda californiana que aposta no rock and roll clássico é um dos melhores da carreira do grupo

Por Felipe Branco Cruz Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 10 Maio 2024, 08h29 - Publicado em 20 out 2023, 09h00

Formada em 2009, na Califórnia, o Rival Sons rapidamente se tornou uma das bandas mais incensadas da atualidade. Com um som que remete ao que de melhor já foi feito no rock clássico, com referências que vão de Led Zeppelin a Rolling Stones, o grupo está ajudando a manter vivo ritmo em todo o mundo. Em 2020, os californianos estavam prestes a iniciar uma nova turnê internacional cujas expectativas eram de que eles ganhassem notoriedade global. Veio, então, a pandemia e todo mundo precisou se recolher.

O grupo, no entanto, não ficou parado. No isolamento, eles escreveram as canções de seu novo álbum Darkfighter, lançado em 2 de junho, e do novo Lightbringer, que chega aos serviços de streaming nesta sexta-feira, 20, e também em formato físico em CD via Wikimetal Music. Com faixas criativas e uma inconfundível pegada rock and roll, os dois álbuns demonstram o amadurecimento do grupo em um dos melhores trabalhos de sua carreira.

A reportagem de VEJA conversou o vocalista Jay Buchanan e ele falou sobre o novo momento da banda. O cantor também refletiu sobre o papel do artista, especialmente em tempos sombrios como na pandemia. “Somos artistas e artistas nascem dos escombros. Nada pode nos jogar lá embaixo”, disse. Leia a seguir os principais trechos: 

Nesta sexta-feira vocês lançam Lightbringer. Não é comum bandas lançaram dois álbuns no mesmo ano. De que forma os dois trabalhos refletem o momento atual do grupo? Este segundo disco é uma continuação de um trabalho maior. São, obviamente, dois álbuns separados, mas é como se fossem capítulos. É como um livro, dividido em dois capítulos. Há uma linha comum entre eles. Sinto que compartilham o mesmo DNA. Tínhamos uma coleção de canções e a ideia de fazer apenas um grande disco, mas não faria sentido na história que queríamos contar. Lançamos o primeiro trabalho e esperamos cinco meses para contar a segunda parte. Não é fácil para a gravadora lançar dois álbuns consecutivos no mesmo ano, mas somos artistas e essa é uma afirmação artística. Da mesma forma que em um jantar não servem o prato principal com a sobremesa. É uma questão de ritmo.

Você diria que Darkfighter é um álbum mais sombrio e reflete o período tenso da pandemia e Lightbringer é mais positivo, ou seja, um retorno à vida normal? É uma boa perspectiva, mas ambos os álbuns contam lados diferentes da mesma história. Em Darkfighter há muita luta. Lightbringer é mais introspectivo, sobre seguir em frente e começar uma nova jornada após ter vencido as dificuldades. Ao ouvir os dois discos na sequência, essa ideia fica mais clara.

Continua após a publicidade

O Rival Sons era apontado em 2020 como a salvação do rock e vocês estavam prestes a se tornar uma banda mainstream. Foi frustrante quando todo mundo se recolheu devido à pandemia e, consequentemente, o adiamento dos planos da banda? Foi frustrante, sim, claro. Mas somos artistas e como artistas é comum chegarmos na frente do palácio e a porta se fechar antes de entrarmos. Conheço pessoas que perderam a família, a mãe, o pai e os filhos durante a pandemia. Isso não aconteceu comigo. Foi só a minha carreira que foi abatida. Sobreviveremos. Somos artistas e artistas nascem dos escombros. Nada pode nos jogar lá embaixo. Sempre voltamos. Crescemos do nada. É frustrante, mas ainda temos que fazer arte. Não há plano B. Não há ombros para chorar.

Rival Sons recebeu críticas muito positivas nos últimos anos. Como encarou esses comentários? Não leio comentários. Nem os bons, nem os ruins. Isso só me atrapalharia. Não preciso saber o que estão dizendo de nós.

De que maneira as grandes bandas de rock, como Led Zeppellin e Rolling Stones influenciam o Rival Sons? Todo o rock que veio antes de nós faz parte da nossa família. Small Faces, Led Zeppelin, The Rolling Stones, The Kinks… Todos eles fazem parte de quem somos. Fomos feitos desse DNA e apenas misturamos com nossa própria identidade. Isso faz parte de nossa árvore genealógica.

Continua após a publicidade

Você acha que o Rival Sons faz parte de um movimento de renascimento do rock clássico, ao lado de Greta Van Fleet, Dirty Honey e Goodbye June, por exemplo?  Acredito que sim. Sempre estamos procurando boas bandas que tocam algo parecido com o que estamos fazendo para podermos nos juntar e fazer algo novo, uma nova cena. Das bandas que você mencionou, todos são nossos amigos. Evidentemente, não fazemos o mesmo som. Dirty Honey tem muitas guitarras elétricas e um vocalista que grita muito alto. Nossa música é muito diferente. Greta Van Fleet é a mesma coisa. Gosto dessas diferenças.

Continua após a publicidade

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 9,90/mês*
OFERTA RELÂMPAGO

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada revista sai por menos de R$ 9)
A partir de 35,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a R$ 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.