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O Som e a Fúria

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A reparação histórica do Oscar a injustiça com grande sambista brasileiro

Canção de Lupicínio Rodrigues foi indicada ao Oscar em 1945, mas o nome do cantor até hoje não foi creditado

Por Felipe Branco Cruz Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 17 fev 2025, 11h52 - Publicado em 17 fev 2025, 11h32

No domingo, 2 de março, o Brasil poderá fazer história ao ganhar sua primeira estatueta do Oscar com o filme Ainda Estou Aqui, indicado em três categorias, de melhor atriz (Fernanda Torres), melhor filme internacional e melhor filme. O país, claro, já foi indicado outras vezes, mas nunca ganhou. Recentemente, familiares de Lupicínio Rodrigues pleitearam junto a Academia uma reparação histórica para incluir o brasileiro no rol dos indicados. É o que mostra o documentário Lupicínio Rodrigues: Confissões de um Sofredor, lançado no ano passado.

Em meados de 1948, um amigo de Lupicínio Rodrigues o procurou extasiado após assistir ao musical Dançarina Loura (1944). Durante quase dois minutos, o casal formado pelos astros Belita e James Ellison dançava ao som instrumental de Se Acaso Você Chegasse, uma de suas mais belas composições — que ficaria famosa na voz de Elza Soares. Imediatamente, o músico foi ao cinema conferir. De família humilde, nascido na Ilhota, uma favela gaúcha da época, Lupicínio saiu da sala maravilhado em ver sua criação em Hollywood. Ele ainda não sabia, mas a faixa também fora indicada ao Oscar de 1945 — só que com o título Silver Shadows and Golden Dreams e creditada a Lew Pollack e Charles Newman.

No site oficial do Oscar, o nome de Lupícinio ainda não é creditado. A Academia já afirmou que fará a mudança quando o estúdio de cinema alterar os créditos e atualizar o registro. É o que pleiteia o advogado Miles Cooley, casado com uma brasileira, e que já defendeu artistas como Rihanna e Jay-Z. Coincidentemente, no mesmo ano de 1945, Ary Barroso também foi indicado na categoria de melhor canção, com Rio de Janeiro, do filme Brazil.

Em seus 59 anos de vida, o brasileiro nunca foi consultado nem autorizou o uso da canção, tampouco procurou reparação na Justiça. A revelação inédita é apenas uma das inúmeras pérolas do documentário Lupicínio Rodrigues: Confissões de um Sofredor. “Provavelmente a faixa chegou aos Estados Unidos por meio da política de Getúlio Vargas de levar músicas do Brasil para as rádios americanas”, disse a VEJA o diretor do filme, Alfredo Manevy.

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