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O Som e a Fúria

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Pop, rock, jazz, black music ou MPB: tudo o que for notícia no mundo da música está na mira deste blog, para o bem ou para o mal

40 anos da obra-prima que colocou no topo um gênero esquecido do rock

A banda inglesa Marillion foi responsável pela façanha, com o disco Misplaced Childhood

Por Sergio Ruiz Luz Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 1 jun 2025, 12h20

Madonna, Bruce Springsteen, Dire Straits e Tears for Fears, entre outros, lideravam as paradas de sucesso em 1985. Em meio a esses artistas de sonoridade pop, havia na época um fenômeno improvável de popularidade, o Marillion, que chegou ao topo naquele ano com o disco  Misplaced Childhood (Infância Deslocada, em português).  Um dos motivos para a façanha espantosa era o fato de que o grupo inglês apostava em um gênero tido como obsoleto, o rock progressivo, inspirado principalmente na fase do Genesis com Peter Gabriel nos vocais. Outra peculiaridade residia no fato de a obra ser um álbum-conceitual, como são chamadas os discos cujas músicas giram em torno do mesmo tema, contando muitas vezes uma determinada história.

O negócio ficou em voga nas décadas de 60 e 70, mas parecia estar enterrado para sempre, até que o Marillion apareceu com Misplaced Childhood, inspirado nas memórias de infância do vocalista Fish, com as desilusões e dores do amadurecimento. As músicas tratavam também das pressões que recaem sobre uma banda de rock. O cantor conta ter escrito boa parte das letras em um espécie de vômito criativo, em meio a uma viagem de LSD. As gravações ocorreram na Alemanha, entre porres de tequila e a primeira experiência de Fish com heroína.

A gravadora do Marillion, a EMI, não tinha a menor ideia do que os ingleses estavam produzindo em Berlim. O estilo do grupo, como o do velho Genesis, era até então baseado em longas canções, com espaço de sobra para solos de guitarra e sintetizadores. Parecia pouco provável que um dia tocariam nas rádios com uma canção de menos de quatro minutos. Foi o que aconteceu com Kayleigh, a faixa que puxou o estouro de Misplaced Childhood. A letra era baseada em uma antiga namorada de Fish e tinha como marca registrada um inspirado riff do guitarrista Steve Rothery. Confira aqui o clipe:

Para surpresa da própria banda, o disco rapidamente chegou ao primeiro lugar nas paradas da Inglaterra (desbancou Boys and Girls, de Brian Ferry)  e permaneceu entre os mais vendidos por um bom tempo. Além de Kayleigh, a música Lavander se tornou outro single de sucesso. O sucesso levou o Marillion a liderar uma onda de revival do rock progressivo nos anos 80, que acabou sendo batizada pelos críticos como neo-prog.

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O álbum que completa quarenta anos de seu lançamento em 2025 é citado constantemente como uma das obras-primas de todos os tempos do rock progressivo e virou objeto de culto até os dias de hoje. Uma banda-tributo brasileira, a Freaks, faz diversas apresentações reproduzindo fielmente no palco o famoso disco (o próximo show está anunciado para quinta, 5, no Café Piu-Piu, em São Paulo).

O vocalista Fish gravou mais um disco com a banda, antes de partir para a carreira-solo. O Marillion segue na ativa e Kayleigh é presença obrigatória nas apresentações.

 

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