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O primeiro blog brasileiro com notícias e comentários diários sobre o que acontece na política. No ar desde 2004. Por Ricardo Noblat. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

Vai passar

A diva Elza Soares ensina: Esse momento trágico do Brasil vai passar. Ela que, aos 80, já viveu um de tudo, sabe muito que tudo passa.

Por Tânia Fusco
13 fev 2018, 16h00 • Atualizado em 13 fev 2018, 16h00
  • Que tiro foi esse? É funk. Foi hit do Carnaval. Apropriadíssimo, no Brasil que mata gente como se fosse mosca.

    Relaxa. A diva Elza Soares ensina: Esse momento trágico do Brasil vai passar. Ela que, aos 80, já viveu um de tudo, sabe muito que tudo passa.

    No sábado, a primeira das Escolas de Samba paulistas, a Independente Tricolor, abriu a pista mandando: “Hoje o bicho vai pegar, vem ver, a plateia delirar, enlouquecer. Saiu da tela, entrou na mente. É o terror independente.”.

    O terror anda mesmo muito independente – sai da tela e entra na mente. Todo dia. Toda hora.

    No modo Carnaval, o brasileiro faz folia – deboche, ironia, zoação. Bagunça para aliviar desacertos. Como dá, puxa no gogó loucura temporária. Trégua nas desditas.

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    Então, relaxa.

    Na rua, o Simpatia Quase Amor, do Rio zoou: “Ensaio de escola? Ele mela. Roda de samba? Atropela. Macumba? Não tolera. Só gosta de bloco nutella. Ele não cuida? Nem zela. Casa de jongo? Cancela. Em nome de Deus? Apela. Qual o nome do hômi?”

    É o filho de múmia com cascavel, entrega a letra, que zoa o bispo-alcaide da cidade, de nome não citado, devidamente identificado. Forra.

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    No sambódromo carioca, a Beija Flor de Nilópolis, mandou reto:

    (…)

    Ganância veste terno e gravata
    Onde a esperança sucumbiu
    Vejo a liberdade aprisionada
    Teu livro eu não sei ler, Brasil!
    Mas o samba faz essa dor dentro do peito ir embora
    Feito um arrastão de alegria e emoção o pranto rola
    Meu canto é resistência
    No ecoar de um tambor
    Vêm ver brilhar
    Mais um menino que você abandonou
    Oh pátria amada, por onde andarás?
    Seus filhos já não aguentam mais!

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    Lá pra trás, quando a ditadura comia solta, em 1975, a mesma Escola atravessou o samba. “A Beija-Flor vem exaltar com galhardia o grande decênio do nosso Brasil, que segue avante, pelo céu, mar e terra, nas asas do progresso constante, onde tanta riqueza se encerra. Lembrando PIS, PASEP e também o FUNRURAL, que ampara o homem do campo com segurança total.” Desafinou.

    Bala perdida? Passou.

    Tudo passa.

    Tânia Fusco é jornalista, mineira, observadora, curiosa, risonha e palpiteira, mãe de três filhos, avó de dois netos. Vive em Brasília. Às terças escreve sobre comportamentos e coisinhas do cotidiano – relevantes ou nem tanto

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