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Um serviço das Organizações Tabajara

MEMÓRIAS DO BLOG

Por Ricardo Noblat
Atualizado em 11 Maio 2018, 12h00 - Publicado em 11 Maio 2018, 12h00

Texto do dia 11/05/2016

Se arrependimento matasse, a presidente Dilma estaria morta a essa altura. Afinal, sob a supervisão dela, tudo fora acertado em sucessivas rodadas de conversas entre Jaques Wagner, ministro-chefe da Casa Civil da presidência da República, e Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados.

O PSOL havia entrado na Câmara com um pedido de cassação do mandato de Cunha, acusado de ter mentido aos seus pares ao dizer que jamais escondera dinheiro no exterior Cunha precisava de três votos do PT para derrotar no Conselho de Ética a admissibilidade do pedido. Em troca, arquivaria qualquer pedido de impeachment contra Dilma.

Na tarde do último dia dois de dezembro, diante da resistência do PT ao acordo, Dilma desistiu dele. Disse a Wagner que não gostava de Cunha e nem confiava nele. Ela nunca se conformara com a derrota do candidato que apoiara contra Cunha na disputa pela presidência da Câmara. Achava que dessa vez poderia se dar bem e ele, mal.

Na noite do mesmo dia, Cunha anunciou que aceitara o pedido de impeachment de Dilma subscrito pelos juristas Hélio Bicudo, fundador do PT, Miguel Reale Jr., ex-ministro do governo Fernando Henrique, e Janaína Pascoal. Foi a maior trapalhada do que viria a ser batizado pelo ministro Gilmar Mendes de “Organizações Tabajara”.

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Marca registrada do programa “Casseta & Planeta”, da Rede Globo, as Organizações Tabajara, ali, serviram ao humor inteligente. Aplicada à vida política nacional, a expressão passou a designar as piores trapalhadas cometidas pelo governo e o PT. Foram muitas. E é possível que ainda ocorram outras antes do fim da Era da Estrela Vermelha.

A própria escolha de Dilma para ser candidata a presidente em 2010 foi coisa das Organizações Tabajaras, comandadas, na época, por Lula. Ele a escolheu porque não queria um homem, nem um nome de São Paulo, nem ninguém mais inteligente do que ele, nem quem fosse do PT, e nem quem pudesse ambicionar a reeleição. Deu errado.

O PT engoliu Dilma de má vontade, e lhe criou sérios problemas. Como filha legítima do brizolismo, onde militou, Dilma apenas tolerou o PT à falta de outro jeito. Ela pode ser menos inteligente do que Lula, nada carismática, e analfabeta quando se trata de fazer política partidária. Mas é mais corajosa do que ele. Bateu o pé e foi candidata à reeleição.

E o que dizer do discurso de que impeachment é golpe? Golpe avalizado por Dilma, Lula e o PT que participaram de todas as fases do processo? E o que dizer do lance a serviço do governo estrelado pelo deputado Waldir Maranhão, que anulou a votação do impeachment na Câmara para depois anular sua própria decisão? Realizações das Organizações Tajabara.

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