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Segredos e sussurros na república grampeada

Mantém-se segredo sobre o conteúdo das mensagens roubadas

Por José Casado
Atualizado em 30 jul 2020, 19h32 - Publicado em 30 jul 2019, 11h00

Sobra inquietação em Brasília. Confirmam-se 976 linhas telefônicas grampeadas em três Estados. É grande o número de vítimas, entre elas o presidente, juízes do Supremo e do STJ, líderes do Congresso, ministros, desembargadores, procuradores e policiais.

Mantém-se segredo sobre o conteúdo das mensagens roubadas. Fraudados de maneira tosca na precária segurança das redes nacionais de comunicações, todos agora estão com a sua correspondência privada sob manejo da Polícia Federal.

Pior: cópias desse acervo íntimo da cúpula da República estão com “fiéis depositários”, advertiram, advogados de um dos acusados da rapina.

Curiosamente, até agora só uma preocupação foi exposta: a destruição de conteúdo sobre a Lava-Jato. A polícia exorcizou essa aflição partidária, remetendo a decisão à Justiça.

A investigação é sigilosa, mas já vazou. Nomes de alguns furtados foram sussurrados ao Ministério da Justiça, que nega ter violado segredos. Ninguém falou em investigar.

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Silenciou-se, também, sobre as “fragilidades” —definição da perícia — das redes nacionais de comunicações. Elas confirmam o Brasil como área livre à espionagem, sem proteção da infraestrutura e das pessoas.

Contam-se as vítimas aos milhões, diariamente. Há registros de vazamentos recentes da base de clientes do Uber, Banco Inter e Netshoes (nesta, 17 milhões), e sobre uso de dados de crianças no Google/YouTube. Tem-se um livre comércio de cadastros de 150 milhões subtraídos da Receita, do INSS, dos sistemas financeiro, de telefonia e de saúde.

Em 2013 comprovou-se a coleta de dados no Brasil por agências americanas de espionagem. Brasília se queixou, Washington retrucou com irônica oferta de “proteção” do pré-sal e da Petrobras contra bisbilhotagem chinesa, britânica e russa.

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Anunciou-se, então, uma ampla revisão da segurança nas comunicações. O plano, se existiu, nunca chegou às 35 chefias de 15 ministérios e os mais de 300 órgãos envolvidos.

Nada mudou nesse faroeste político-digital brasileiro. Só o número de vítimas — sempre crescente.

 

 (Transcrito do jornal O Globo) 

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