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Por que Dilma caiu

Dilma caiu porque se esgotou sua autoridade política

Por Ricardo Noblat
Atualizado em 12 Maio 2018, 12h01 - Publicado em 12 Maio 2018, 12h00

Texto do dia 12/05/2016

A presidente Dilma Rousseff não caiu porque desrespeitou a Lei de Responsabilidade Fiscal, embora tal crime bastasse, por encontrar respaldo na Constituição, para que ela caísse. Caiu porque se esgotou sua autoridade política. Não tinha mais como governar.

Seus erros na condução da economia, tanto no primeiro como no segundo mandato, e as consequências daí decorrentes para o país, custaram-lhe a perda de apoio político, sem o qual nenhum governante se sustenta. Apoio à direita, à esquerda e ao centro.

Uma vez reeleita com o discurso de que o país estava muito bem e que os programas sociais não apenas seriam mantidos como ampliados, ela teria que dar meia volta volver e dar o dito pelo não dito. Não haveria dinheiro para quase nada. Haveria cortes. O país já ia mal, e ela sabia disso.

Seria impossível para ela reconciliar-se com a realidade sem assinar a confissão de que mentira para se reeleger. Mas não só. Dilma não contaria com o apoio do PT e dos seus aliados à esquerda para fazer tudo o que deveria ser feito. E ela também sabia disso.

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Faltou-lhe coragem e convicção para romper ou distanciar-se daqueles com os quais sempre conviveu ao longo de sua vida. O resultado era mais do que previsível. Dilma parou de governar. O imobilismo marcou seus últimos 16 meses e quase 15 dias na presidência.

Um governo incapaz de obter o apoio de 171 deputados em um total de 513 para barrar o impeachment não merecia continuar de pé. Obteve menos de 140. O placar favorável à admissibilidade do impeachment no Senado confirmou, há pouco, o que a Câmara antecipara.

Não foi o Congresso que derrubou Dilma – foram as ruas. A rejeição dos brasileiros ao desempenho dela no cargo é superior à rejeição a todos os presidentes eleitos de 1950 para cá. Ela chegou ao ponto de não poder mais se dirigir ao país pela televisão sem provocar panelaços.

Era uma presidente que não podia ir e vir livremente para não correr o risco de ser hostilizada. Só participava de atos públicos sob a garantia prévia de que seria recebida por plateias domesticadas. Foi interditada, pois, muito antes de começar a ser interditada pelo Congresso.

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