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Noblat

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O primeiro blog brasileiro com notícias e comentários diários sobre o que acontece na política. No ar desde 2004. Por Ricardo Noblat. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

O que Lula é

MEMÓRIAS DO BLOG

Por Ricardo Noblat Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 2 nov 2018, 12h00 • Atualizado em 2 nov 2018, 12h00
  • Texto de 02/11/2015

    Choca ver Lula cobrar de Dilma e do ministro da Justiça que a Polícia Federal o deixe em paz e aos seus filhos, suspeitos de envolvimento com negócios mal explicados?

    Se choca é porque você definitivamente não conhece Lula.

    Quando completou 18 anos e foi alistar-se para servir ao Exército, ele declarou ser dois centímetros mais alto do que era. Por quê? Simples: porque nunca gostou de ser baixinho.

    Em um sábado de 2005, ameaçado por Marcos Valério, o operador do mensalão, que prometia contar o que escondia se não fosse socorrido, Lula falou em renunciar à presidência da República.

    Convocado para apagar o incêndio, o então ministro José Dirceu, que passava o fim de semana em São Paulo, lá se foi convencer Valério a permanecer calado. Conseguiu.

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    Diante de pesquisas que mostravam a queda de sua popularidade, Lula ocupou uma cadeia de televisão e de rádio para pedir desculpas ao país pelo mensalão.

    Nervoso, leu folha por folha do discurso olhando com frequência para o alto, sinal convincente de que mentia, segundo estudiosos de linguagem corporal. Jurou inocência. Disse que fora traído. Mas não apontou os traidores.

    Às vésperas do julgamento dos mensaleiros, voou à Brasília para pedir a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) que os absolvessem.

    A um deles, Gilmar Mendes, antecipou como alguns dos seus colegas prometiam votar. E se ofereceu para interceder por Gilmar que estava sendo alvo dentro do Congresso de histórias inventadas para macular sua honra.

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    Gilmar sabia com quem lidava. Em visita ao Palácio do Planalto, tão logo Lula começara a governar, o ministro soube que um procurador da Fazenda, no Rio, criava dificuldades para a construção de uma obra da Petrobras.

    Gilmar ouviu o conselho dado por Lula a José Sérgio Gabrielli, presidente da empresa: “Grampeie esse cara”.  Grampo é crime. Só não é se autorizado pela Justiça.

    Para escapar do mensalão, Lula entregou a cabeça de José Dirceu, o coordenador de sua campanha vitoriosa de 2002. Apesar do lobby que fez por eles, os mensaleiros acabaram condenados.

    Desde então, Lula insiste em afirmar que o mensalão jamais existiu. Coisa de maluco? De excêntrico? De esperto? Coisa de gente sem compromisso com o que disse, diz ou dirá um dia.

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    Não cobrem coerência de Lula. Tampouco que diga a verdade. A vida inteira ele só pensou em se dar bem.

    Carismático, talentoso manipulador de palavras e de pessoas, sempre encontrou quem lhe fizesse as vontades. E se esbarrava em alguém disposto a contrariá-lo, dava um jeito e se livrava dele.

    Sabe falar grosso com quem pretenda intimidar. Ou miar se for o caso. Na campanha de 2002, quando enfrentou José Serra, miou.

    Correu a informação de que o PSDB exibiria no seu programa de TV um vídeo onde Lula se divertia numa boate em Manaus.

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    José Dirceu telefonou ao presidente Fernando Henrique duas vezes, perguntando se era verdade. Despachou de Brasília o ex-deputado Sigmaringa Seixas ao encontro de Serra, em São Paulo. Era lenda.

    Pelas costas de Dilma, Lula tem falado mal dela. Culpa-a pelo cerco que sofre da Polícia. Na frente de Dilma, mia. Suplica por ajuda.

    Ele não vê nada demais no enriquecimento de parentes enquanto governava o país. Nem vê nada demais em ter-se tornado um milionário à custa de empresas que beneficiou como presidente.

    Lula não é imoral, longe disso. É amoral – nem contrário nem conforme à moral.

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