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O primeiro blog brasileiro com notícias e comentários diários sobre o que acontece na política. No ar desde 2004. Por Ricardo Noblat. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

O império do medo (por Carlos de Almeida Vieira)

Psicanalise da vida cotidiana

Por Carlos de Almeida Vieira
Atualizado em 30 jul 2020, 18h57 - Publicado em 6 Maio 2020, 14h00

O medo de nascer repousa no terror ao abandono.

O medo de existir denuncia a mortalidade.

O medo de amar navega nas águas do desamor.

O medo de sorrir às vezes denuncia uma depressão.

Não faz sentido o medo de morrer,

A angústia humana é o medo de ser mortal

Quem não se sente finito

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É incapaz de viver.

O medo da dor é crença de perder para sempre

                                                 [ o prazer ]

A vida começa com  a morte.

A ideia de conjunto torna-se intolerável

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A natureza humana é vital e mortífera.

[“Existe  apenas o medo, nosso pai e companheiro,

o medo grande dos sertões, dos mares,  dos desertos,

o medo dos soldados, o medo da mães, o medo das igrejas,

cantaremos o medo dos ditadores, o medo dos democratas,

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cantaremos o medo  da morte e o medo de depois da morte,

depois morreremos de medo

e sobre nossos túmulos nascerão flores amarelas e medrosas.”]

                    ( In Congresso Internacional do Medo, poema de Drummond)

É hora de medo do caos virótico.

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É hora de morrer como também de sobreviver

Que sobra da Pandemia?

O medo dos homens criarem novos arranjos mortíferos

O medo do depois é a continuação da virulência da VORACIDADE

O medo do day-after é do ódio da perda do PODER, DA RIQUEZA E GANÂNCIA

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O pavor do que vai sobrar é dos VAMPIROS FOMIGERADOS.

Oxalá nascerão “flores amarelas e medrosas”

Oxalá surgirão COMPAIXÃO, GENEROSIDADE  E PARCERIAS

Oxalá das cinzas dos nossos irmãos mortos

Brotará o HUMANISMO!

Mas, mesmo  assim teremos medo

Não mais medo dos Ditadores, dos Capitalistas Selvagens

Não mais  dos Fundamentalistas Religiosos

Não  mais dos Políticos Perversos

Teremos medo e alegria de viver.

       

*Coluna publicada dia 04/05/20 no portal online do Jornal de Brasília 

**Carlos de Almeida Vieira – Médico, Psiquiatra, Psicanalista da Sociedade de Psicanálise de Brasília SPBsb, Membro efetivo da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo, Membro da Federação Brasileira de Psicanálise –  FEBRAPSI e da International Psychoanalytical Association – IPA 

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