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O primeiro blog brasileiro com notícias e comentários diários sobre o que acontece na política. No ar desde 2004. Por Ricardo Noblat. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

O fosso da fossa (por Tânia Fusco)

Estamos todos numa bad trip sem fim

Por Tânia Fusco
Atualizado em 30 jul 2020, 18h50 - Publicado em 30 jun 2020, 11h00

Maiores de 40 sabem o que significa estar-na-fossa. Lá pelos anos 60, a gíria traduzia tristeza grande, depressão profunda e sem motivação pra nada.

Usava o sentido mais habitual do substantivo feminino fossa – cavidade, profunda usada para, na falta de rede de esgotos, receber e guardar fezes humanas. Simplificando: Estar na fossa é o mesmo que estar na M.

A pandemia generalizou a fossa. Estamos todos numa bad trip sem fim. Uns mais, outros menos. Bad trip é a gíria sinônimo mais atual da velha fossa.

Benzão (ou beleza) mesmo talvez estejam os que aproveitam o caos para ganhar um bom troco, superfaturando equipamentos, remédios, aparelhos fundamentais para combater a doença. É a turma da antiga Lei de Gerson: Gosto de levar vantagem em tudo. São inomináveis. Tragédia humana. Sem caráter ou qualquer sentimento de compaixão. Cadeia é pouco pra eles.

Depois de 100 dias de quarentena, nós, os mais normais, ao menos em algum momento, se não estamos completamente na fossa, beiramos.

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Agora, nesses últimos dias, por motivos outros, alguns personagens do cenário babélico brasileiro devem estar amargando baita fossa. Pela ordem:

1. Queiroz, o Fabrício mais famoso do país, que teve o sumiço de mais de ano trocado por cela de seis metros quadrados em Bangu 8. Sabe muito. E pensa nisso lá no xadrez.

2. JMessias Bolsonaro e os garotos zeros 1,2,3, levados à fossa justamente pelo compa Queiroz. O silêncio e o fim das prosopopeias de todos é o mais eloquente sinal do grau de fossa da turma em questão. Vai que Queiroz, pra sair da fossa, dá uma fraquejada e resolve bancar o X9 das rachadinhas do Flávio? Verdade que, no seu primeiro depoimento presencial, Fabrício segurou a peteca. Até quando controla o bocão nem Deus sabe. Cadeia é coisa difícil.

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3. Frederick Wassef, o advogado que por “questão humanitária” deu guarida em três endereços diferentes pro desaparecido Queiroz. Enrolou-se em mal traçadas explicações, perdeu sua principal clientela e ganhou tretas com a lei.

4. Carlos Alberto Decotelli, o (ainda) quase terceiro Ministro da Educação. Aparece em quarto lugar na lista apenas pela ordem de entrada em cena. No momento é o hors concours na turma da fossa, da bad, da merda. Em três dias, viu desandar seu histórico acadêmico. Doutorado na Argentina? Fake. Pós-doutorado na Alemanha? Fake. Mestrado? Sob suspeita de cópia. Deu muito ruim pra ele.

Perguntar não ofende. Por que, no mundo exposto on-line, um professor mente no curriculum? Que mania é essa?

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O inferno astral anda bravo na seara dos Messias e agregados.

Entre nós, as vítimas desta ira divina que assola o mundo, difícil escapar da fossa, da bad trip, do baixo astral, do sentimento de medo e de tristeza profunda pelos 502 milhões de mortos pelo covid 19 no mundo – mais de 58 mil no Brasil.

Para os listados no protagonismo da fossa, dá para relembrar o velho dito popular: Quem se mistura com porcos, farelo come.

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Mas e nós, hein? Como não temer presente e futuro em tempos de pandemia e desacertos em série?

E, para completar a desgraceira, a OMS avisa: O pior ainda está por vir.

Ou seja, é o fosso da fossa? A bad trip é ilimitada? É baixo astral coletivo? Deu ruim mesmo? O fim do mundo bate à porta?

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Tânia Fusco é jornalista

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