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O brilhante conservador

Roger Scruton

Por Gustavo Krause
Atualizado em 30 jul 2020, 19h12 - Publicado em 19 jan 2020, 09h00

Domingo, 12/01, morreu Roger Scruton. Um conservador inglês de mente brilhante e enciclopédica. Sua extensa obra, mais de 40 livros, de filosofia (ética e estética), ficção, ciência política, ecologia, música, (compôs duas óperas), o coloca entre os maiores pensadores contemporâneos.

Ao lado do americano Russel Kirk (1918-1994), Scruton (1944-2020) compõe o núcleo do pensamento conservador cuja paternidade está certificada na obra seminal do irlandês Edmund Burke (1729-1797), Reflexões Sobre a Revolução em França, publicada em 29 de setembro de 1790.

Lamentavelmente, a superficialidade e o radicalismo do debate político no Brasil está povoado de dogmas ideológicos, rótulos, clichês e a miséria do obscurantismo.

Neste sentido, as ideias dão lugar aos conflitos e afrontas. Para enfrentar o clima beligerante, João Pereira Coutinho, em As ideias conservadoras explicadas a revolucionários e a reacionários, injeta uma forte dose de serenidade ao afirmar: “Todos somos conservadores […] O conservadorismo não existe. Existem conservadorismos no plural, porque plurais foram as diferentes expressões da ideologia no tempo e no espaço”.

Para o autor, toda a dinâmica da vida humana e do sistema social obedece aos ciclos de conservar/mudar, tradição/inovação, reformar/romper que, por sua vez, se transformam na força dialética que anima o debate e a ação política. No entanto, existem princípios comuns aos conservadorismos que dão sustentação dialógica ao sistema de pensamento conservador.

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Na Política da Prudência, Russel Kirk enumera 10 princípios básicos que têm como fonte o costume, a convenção e a continuidade. Não nascem de uma cartilha. Daí, o apego dos conservadores à tradição/estabilidade, o sentido da realidade/pluralismo e a imperfectibilidade humana/reformas incrementais que são, ao mesmo tempo, a força e a vulnerabilidade da visão conservadora.

Por sua vez, merecem referências algumas reflexões de Roger Scruton extraídas do livro Como Ser um Conservador: a tolerância implica “aceitar o direito dos outros de pensar e agir do modo como desaprovamos”; “O Estado só pode redistribuir a riqueza que foi criada por aqueles que esperam deter uma parcela”; “A cultura deve permitir uma grande variedade de modos de vida”; a maioria dos problemas ambientais “surgiu do nosso hábito, bastante razoável, de desfrutar os benefícios das atividades e transferir os custos. A solução é fazer os custos regressarem a quem os criou”; “A família é a base e a fonte dos vínculos afetivos fundamentais e essencial para uma educação moral”.      

 Pela amostra, no Brasil, o conservadorismo são ideias fora do lugar.

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