No esforço de guerra contra o coronavírus faltam os militares
No esforço de guerra contra o coronavírus faltam os militares

E as Forças Armadas, hein? Onde estão no momento em que o país se arma com atraso para sobreviver à primeira grande onda do coronavírus? O poderoso Pentágono, sede em Washington, do Estado de Defesa norte-americano, trabalha com a hipótese de que o mundo será atingido por três ondas a intervalos regulares.
Os militares estão sendo vistos nas principais cidades dos países mais devastados pela pandemia. Patrulham ruas, aplicam as ordens de confinamento, transportam caixões com mortos. Espera-se que por aqui nada disso seja necessário. Mas quem garante? E enquanto não se souber, o que eles poderiam fazer?
Não poderiam estar sendo empregados em ações de prevenção à doença – como? Eles sabem como. Falta uma ordem do alto? Do ministro da Defesa? Ele espera uma ordem mais do alto? Do presidente Jair Bolsonaro? Mas esse não parece interessado em dar. Do ministro da Saúde? Ele não dá ordens aos militares.
Em sua recente, moderada e neutra ordem do dia, o comandante do Exército elogiou médicos e enfermeiras aos quais chamou de guerreiros da linha de frente no combate ao coronavírus. Os militares não poderiam formar linhas de trás? Eles são bem treinados para agir em situações ainda piores.