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Ginger Baker, o baterista que levou o jazz para o rock

MÚSICA

Por Flávio de Mattos
Atualizado em 30 jul 2020, 19h22 - Publicado em 25 out 2019, 12h00

O baterista Ginger Baker, falecido aos 80 anos, neste seis de outubro, foi um dos responsáveis pela definição do estilo da bateria no rock moderno. Sua performance no power trio Cream, formado em 1966, com o baixista Jack Bruce e o guitarrista Eric Clapton, influenciou todas as gerações de bateristas que vieram depois. Baker, no entanto, dizia que nunca tocou rock and roll, ele era um baterista de jazz. E do jazz vinha sua maneira especial de tocar, que transformou o mundo do rock.

Peter Edward Baker começou a tocar bateria aos 15 anos de idade, em Lewisham, Sul de Londres, onde nasceu. Lá ele ganhou o apelido de Ginger, por causa de sua cabeleira ruiva e revolta. Ginger Baker fez carreira na noite londrina tocando em grupos de jazz e absorvendo as influências bebop americano. Ele incorporou a seu estilo as batidas desenvolvidas pelos mestres do jazz como Art Blakey, Max Roach, Elvin Jones e Philly Joe Jones.

Com a advento da onda do blues na Inglaterra, no início dos anos 60, Baker foi convidado para tocar com a banda Blues Incorporated, onde conheceu o baixista Jack Bruce, em 1960. De seu temperamento complicado, Baker estabeleceu uma relação tumultuada com Bruce, logo de início. Apesar disso, anos depois, em 1966, eles organizaram a banda Cream, junto com Eric Clapton.

O Cream desenvolveu uma  revolucionária fusão entre o blues, o jazz e o rock, marcada pela batida jazzística da bateria de Ginger Baker. Ele ainda inovou no formato do instrumento, montando o conjunto com dois bumbos, que imprimia um grave mais profundo ao seu som. A banda gravou quatro álbuns, vendeu mais de 15 milhões de discos, em seus apenas dois anos de carreira. Com o Cream, Baker gravou o seu primeiro longo solo de bateria em Toad, faixa do álbum de estreia do grupo Fresh Cream, de 1967.

De sua época no Cream, Ginger Baker costumava dizer que ele não tocava, e nunca tinha tocado, rock and roll. “O Cream eram dois músicos de jazz e um guitarrista de blues, tocando música improvisada. A gente nunca tocava a mesma coisa, duas noites seguidas. Aquilo era jazz”. argumentava Baker.

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Mas Ginger Baker pôde dedicar-se completamente ao jazz nos anos noventa, quando foi morar nos Estados Unidos. Em 1994 ele formou o Ginger Baker Trio, com Charlie Haden no baixo e Bill Frisell, na guitarra. O trio gravou dois álbuns, especialmente marcantes na discografia do jazz. O primeiro, Going Back Home, de 1994, em que se destacam os temas Ramblin’ e Ginger Blues. O segundo, Falling of The Roof, de 1996, que tem a faixa título baseada em um tema que Ginger Baker escreveu depois de cair do telhado, que estava consertando, em sua fazenda no Colorado.

No vídeo a seguir, temos o Ginger Baker Trio, em uma apresentação no Festival de Jazz de Frankfurt, na Alemanha, em 1995. O tema é In the Moment, em que Ginger Baker desenvolve um inspirado solo de sua bateria personalíssima. Descanse em Paz, Ginger Baker.

 

https://youtu.be/YVF50PI3db4

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