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Cada dia com sua agonia

O governo Bolsonaro vem sentindo o peso agônico do cotidiano

Por Gustavo Krause
Atualizado em 30 jul 2020, 19h59 - Publicado em 3 fev 2019, 12h00

A expressão popular, inspirada na sabedoria bíblica – Mateus 6:33: “…Basta a cada dia o seu próprio mal”. – Mateus 6:34: “O dia de amanhã cuidará de si mesmo”, virou mantra das autoridades, embora seus múltiplos significados sirvam para todo mundo.

No entanto, a complexa tarefa de governar coloca os gestores diante de muitas agonias do raiar do sol às noites insones.

A propósito, o governo Bolsonaro vem sentindo o peso agônico do cotidiano: parte, previsível; parte, surpreendente e inconveniente.

Com efeito, as características do pleito eleitoral projetavam efeitos radicalizantes, atrelados a uma agenda de compromissos reformistas e de propostas ultraconservadoras nos costumes, acirrando o debate político-idelógico.

Tradicionalmente, o capital político dos primeiros seis meses aponta para ambiente propício na adoção de medidas necessárias à recuperação da economia, a exemplo da reforma previdenciária, considerada vital para consolidar expectativas e a sustentabilidade do crescimento econômico.

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Neste sentido, a estreia do Presidente, em Davos, foi classificada como um “fracasso” pela imprensa internacional, ressalvada pelos periódicos de economia que, retribuiu a concisão da retórica presidencial com um curto comentário: o discurso liberal aponta na direção favorável ao mercado.

No plano interno, houve uma ruidosa cobrança sobre detalhes das propostas reformistas. O vazio foi preenchido pelos Ministros Paulo Guedes e Sérgio Moro cada qual dando ênfase nas suas áreas de atuação ao forte ajuste fiscal, redução de carga tributária, privatizações, segurança jurídica e o combate sem trégua à corrupção. Notas musicais suficientes para animar nossa Bolsa de Valores.

Todavia, “as movimentações atípicas” do ex-assessor, Fabricio Queiroz e do próprio Senador Flávio Bolsonaro, revelam os riscos, historicamente confirmados, dos danos políticos causados pelos círculos íntimos dos poderosos (família, bajuladores, velhos e “novos” amigos do poder).

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Trata-se de episódio desgastante para o governo por mais que se queira circunscrever os fatos ao senador e não ao filho do Presidente da República. O fato e seus desdobramentos são tóxicos e devem afetar a imagem do governo ainda que sob investigação suspensa por liminar do STF.

A partir de então, o fato caiu no colo do governo. No primeiro momento, Bolsonaro invocou o pátrio poder. Em seguida, o Presidente entrou na linha tiro: “…que se cumpra a lei: não façam diferente para conosco. Não é justo atingir um garoto, fazer o que estão fazendo com ele, para tentar me atingir”.

Em tempo: Deus perdoa sempre, o ser humano, às vezes, a lama, jamais.

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 Gustavo Krause é ex-ministro da Fazenda 

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