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O primeiro blog brasileiro com notícias e comentários diários sobre o que acontece na política. No ar desde 2004. Por Ricardo Noblat. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

Bons anos

Partilha fraterna

Por José Paulo Cavalcanti Filho
Atualizado em 30 jul 2020, 19h14 - Publicado em 27 dez 2019, 11h00

Em outubro, quando o português José Tolentino Mendonça foi confirmado Cardeal, disse ao Papa: “Santo Padre, o que é que me fez?”. E completou: “Eu sou só um pobre padre”. E Francisco lhe pediu: “Então, partilhe sua pobreza conosco”. Assim seja. E comemoro esse fim de ano em uma espécie de partilha fraterna. Dividindo, com o leitor, palavras de um homem sábio. Em frases, pequenas lições, do seu último livro (Uma beleza que nos pertence). Aqui vão:

ALEGRIA: Retomemos a alegria. A meio deste percurso que é nossa vida, busquemos as suas secretas fontes.

AMIZADE. A amizade é uma experiência sustentada pelo perdão.

AMOR. O amor é mais uma exposição do que uma posse; é mais uma súplica do que um dado; é mais uma sede do que uma barragem; é mais uma conversa de mendigos do que um diálogo de triunfados.

CHORAR. Talvez saibamos ainda pouco sobre esse misterioso país que são as nossas lágrimas. Elas não narram o desejo de morrer, mas nossa sede de vida.

INFINITO. Provimos de um horizonte e de circunstâncias que nos transcendem. O infinito que nos cabe viver é sempre um infinito ferido. E é bom que seja assim.

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LUTO. O luto é a separação entre céu e terra.

MÃE. A coisa no mundo mais parecida com os olhos de Deus são os olhos de uma mãe.

NÃO CRENTES. Sobre Deus e o caminho espiritual, faz-nos bem a nós, crentes, escutar os não crentes. Posso dizê-lo por mim próprio: ensinam-nos tanto.

OUTROS. Nós só perdemos aquilo que não damos.

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PERDÃO. O esquecimento não é condição para o perdão. Podemos perdoar mesmo aquilo que não pode ser esquecido.

REZAR. São os nossos corpos que rezam, não apenas o pensamento.

SABOREAR. À volta de uma mesa reconhecemo-nos melhor a alimentarmo-nos, mutuamente, com um alimento invisível: o da relação.

SOLIDÃO. A cultura contemporânea deixou de nos preparar para a solidão.

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SONHO. “O sonho define o personagem”, escreveu Shakespeare. E não há homem algum que não saiba que ele tem razão.

TEMPO. A velocidade com que vivemos impede-nos de viver. Uma alternativa será resgatar a nossa relação com o tempo. Por tentativas, por pequenos passos.

VIDA. Precisamos cair de joelhos perante o espetáculo desabalado e divino que é a vida, por mais frágil que seja.

P.S. Bons anos a todos, com o coração. Na esperança de que realize ao menos parte dos sonhos mais fundos de todos nós. Seja pleno de bons presságios. E nos traga paz.

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José Paulo Cavalcanti Filho.

jp@jpc.com.br

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